quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Últimas aquisições (33)

 

A temática deste último Le Point poderá parecer desajustada ao tempo, mas os inquisidores do politicamente correcto andam por aí, arreitados, com os seus néscios pruridos virginais moralistas e infantis. E a editorialista da revista, Catherine Golliau lembra-nos perguntando, na introdução, se: "...Faudra-t-il vider les  bibliothèques? Exit Kim le chef-d'oeuvre de Kipling, jugé trop colonialiste? Exit  Les Aventures de Huckleberry Finn, de Mark Twain, trop rascistes? Exit, les Fables de la Fontaine, trop misogynes? Il est vrai que, depuis longtemps, on se méfie du Petit Chaperon rouge de Perrault. Un peu trop sexuel, non, ce conte? ..."
Resta-me acrescentar que este número especial de Le Point, saído há pouco, mantém a qualidade habitual anterior e constante quer de iconografia, de textos e de selecção qualitativa de autores citados.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Recuperado de um moleskine (39)



Para a despedida não havia lugares cativos no salão, mas quatro ou cinco cadeiras pareciam reservadas, por entre a famíla , na primeira fila. Três foram ainda ocupadas até à oração final, e eu presumi que as ausências restantes eram talvez simbólicas ou afectivas. Como, às vezes, pelas mesas de natal, as cadeiras vazias assinalam memórias recentes.
Lígia, pela manifesta silhueta grácil, conseguiu ainda aproximar-me da juventude e, à saída, só consegui dizer-lhe: Até sempre! Sabendo que, provável e fisicamente, seria talvez a última vez que nos cruzávamos na vida. Fixei-lhe o perfil, para memória futura, e encaminhei-me devagar para o orvalho fresco da rua. O táxi esperava-nos à porta.
Concluí, no íntimo, que ninguém sabe dizer adeus a um grande amigo. Como deveria ser.


terça-feira, 28 de setembro de 2021

Da leitura (47)



 ... Num ou noutro caso, na vida económica como na vida espiritual, encontrareis antes de mais as mesmas noções de produção e de consumo.

O produtor, na vida espiritual, é um escritor, um artista, um filósofo, um sábio; o consumidor é um leitor, um ouvinte, um espectador.

Encontrareis igualmente esta noção de valor que acabo de usar, que é essencial, nos dois aspectos, tal como é a noção de troca, bem como a da oferta e a da procura.

Tudo isto é simples, tudo isto se explica facilmente; são termos que têm o seu sentido assim como no mercado interior (onde cada espírito disputa, negoceia ou transige com o espírito dos outros) da mesma forma que no universo dos interesses materiais. ...


Paul Valéry (1871-1945), in Regards sur le monde actuel (1931).


domingo, 26 de setembro de 2021

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

De "Os Pássaros" de Hitchcock, uma "remake" germânica



Expansivos, estridentes e impertinentes, os asiáticos Papagaios Alexandre (Alexandersittiche) que, dado o tamanho, mais parecem periquitos, conseguiram também espalhar-se pela Europa, devido à sua resistência e capacidade de adaptação. Em Lisboa, podemos vê-los no Parque Bensaúde (Estrada da Luz) e em Campo de Ourique. Haverá porventura outras colónias destas aves, em Portugal.
Na Alemanha, há vários grupos residentes, pelo menos na Renânia-Vestefália. Estes, da foto, resolveram apoiar (ou atacar?) a chanceler Merkel, num dos últimos comícios de propaganda da CDU, para as eleições legislativas. Eles lá sabem...

Há coisas que não têm preço...



De mão gentil e via CTT, acabei de receber o último (nº 170) e único volume da colecção Miniatura que me faltava, vindo do Norte. Durante anos pensei, erradamente, que a série contava apenas 169 livros.
Este volume, com capa de Infante do Carmo, tem contos de grandes escritores, para além de Oscar Wilde: Shaw, Virginia Woolf, T. Hardy, Forster...
O meu agradecimento reconhecido, a quem de direito. 

Citações CDLXIV



Eu tenho uma especial predilecção por aquela pintura que traz alegria a uma parede.

Pierre-Auguste Renoir (1841-1919), citado por Ambroise Vollard, in Auguste Renoir (1920).

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Pinacoteca Pessoal 177



Em finais dos anos 70, numa esquina da Av. Joaquim António de Aguiar, do lado direito para quem descia, havia uma pequena galeria de arte (hoje substituída por um banal Café), onde eu parava junto à vitrine, sempre que por lá passava. Por ali havia sempre pequenas pinturas expostas, de fino gosto estético.



Eu já conhecia de nome, do C.A.M. e de algumas imagens e ilustrações (O Homem da Nave, de Aquilino Ribeiro, por exemplo, na edição especial da Bertrand), o pintor João Hogan (1914-1988), e as suas paisagens ermas e rasas, de volumes maciços, sem vislumbre de pessoas. Do pintor, de ascendência irlandesa, havia sempre uma ou outra tela visível na galeria referida, que me deixava encantado, quase sempre.


É que, depois de ver, o(s) quadro(s) de Hogan, eu seguia o meu caminho mais bem disposto, apesar da solidão que parecia perpassar pelas suas telas...


quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Uma arruada campesina, autárquica...



...e outrabandista. 
Embora bastante desarrumado e disperso, o grupo até incluía 4 metais. Algo estridentes, no entanto...

terça-feira, 21 de setembro de 2021

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Antonio Gamoneda (Oviedo, 1931)



Entra no teu corpo e a tua fadiga enche-se de pétalas. Latem em ti os animais felizes: música na
                                                                                                                        [margem do abismo. 
É a agonia e a serenidade. Ainda sentes como um perfume a existência.
Este prazer sem esperança, que significa finalmente em ti?
Será que vai cessar também a música?



Antonio Gamoneda, in Libro del frío (1992).
                                                                                                                                                      

domingo, 19 de setembro de 2021

Em sequência, imagens e algumas palavras em volta



Não posso dizer, e ao que observei, que a repercussão à morte de José-Augusto França (1922-2021), na blogosfera, tenha sido muito intensa. Sobretudo se a compararmos com alguns desaparecimentos de outras figuras menos significativas e até em relação a óbitos recentes de figurantes estrangeiros. Embora com extensa bibliografia, o historiador de arte era uma personagem discreta - creio. O que talvez explique o facto.



Para lá da ficção, estudos e memórias, eu gostaria de destacar, da sua obra, a direcção e edição de 5 números de uma revista literária de grande qualidade e de vanguarda que ele editou entre 1951/6, e que por vezes, colectivamente, é apelidada de Córnios. A BNP, em Dezembro de 2006, de forma oportuna fez uma mostra documental e publicou um caderno bastante significativo, que teve a colaboração do próprio José-Augusto França. 



sábado, 18 de setembro de 2021

José-Augusto França (1922-2021)



Nascido em Tomar, José-Augusto França morreu hoje, em Jarzé (França). Era um dos já poucos portugueses sobrevivente e representante singular de multifacetada cultura e artífice de múltiplos saberes.

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Citações CDLXIII

 

Os Franceses estão habituados a remediar os seus defeitos através do entusiasmo.

George Meredith (1828-1909), in The Egoist (1879).

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Adenda

 

A leitura prolongada, no tempo, dos Bloc-notes de François Mauriac (1885-1970) fez-me reunir os livros do romancista francês, a ver os que me faltariam. De parte, ficaram os 5 pequenos volumes da colecção Miniatura, que tenho completa e em estante própria. São os números 50, 61, 81, 95 e 109.



Todos eles com lindas capas executadas por Bernardo Marques para esta série da editora Livros do Brasil. A estética apurada do seu traço motivou-me para lembrar, por imagem, como eram cuidadas muitas das capas de antigamente. E o apurado sentido estético de alguns gráficos portugueses.




terça-feira, 14 de setembro de 2021

Divagações 173



Mais de duas mil e seiscentas páginas de leitura, e o convívio renovado com as palavras escritas de François Mauriac (1885-1970), que foi um dos meus prosadores preferidos nos anos 60 do século passado, permitiram-me restaurar a empatia humana e confirmar a qualidade das suas reflexões. Os 5 Bloc-notes que andei a ler nestes últimos seis meses, e que acabei anteontem, clarificaram, à saciedade, a perseverença de duas enormes fidelidades do romancista francês: ao catolicismo e ao exercício político de Charles de Gaulle (1890-1970), cuja acção quase sempre apoiou.
Deste V e último tomo, destaquei alguns excertos, de que vou transcrever, traduzindo, apenas dois. Assim:

"Os mortos que não esquecemos e de quem celebramos os aniversários deveriam recordar-nos aqueles que nós esquecemos. Regozijo-me que, cinquenta anos após a sua morte, Guillaume Appolinaire se mantenha tão vivo na memória, mas aflige-me que, hoje, trigésimo aniversário da morte de Francis Jammes, nenhuma voz o tenha lembrado e que a sombra se adense sobre uma obra, mais que revolucionária talvez para os poetas da minha geração, mas não para os mais jovens como a de Apollinaire." (pg. 135/6)

"Nada me pode dar maior prazer do que o anúncio de um novo volume do Bloc-notes preparado pelo meu editor. Será o quarto se não me engano. De uma forma ou de outra, eu conto com este testemunho que deixarei. Não sei o que acontecerá ao Noeud de Vipères, a Thérèse Desqueyroux ou a Un Adolescent d'autrefois. Pelo contrário, conto com esta obra, que não é somente a história vista através de um temperamento, mas que se confunde com a minha vida mais pessoal. Isto constitui uma experiência singular que eu creio ter sido o único a ter tentado." (pg. 347)

(Não estou muito seguro de que François Mauriac tenha acertado nesta sua última previsão...)

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Carlos Seixas (1704-1742)



As pinturas vêm  um pouco a trouxe-mouxe... Talvez que o autor do vídeo quisesse demonstrar erudição, saber e cultura. Resultou algo de excessivo e redundante em confronto com a simplicidade e beleza da música do compositor português. 

RTP Memória versus RTP 2



Esta repetição, na RTP 2, dos episódios policiais do jovem Montalbano têm-me dado água pela barba, até porque ainda me lembro (e não foi há muito...) dos pormenores, da primeira vez em que foram projectados. E, sobretudo, porque começo a estar farto das dislexias do agente Catarella, dos trejeitos adamados do Mimi Angelo e do dengue da Livia. E, assim, num zapping desenfadado fui dar a um episódio do Columbo (Peter Falk), na RTP Memória, onde me fixei até ao fim do episódio. Sendo que o Columbo segue as regras clássicas do policial, tal como S. S. van Dine as definiu e estabeleceu. E Andrea Camilleri, não as observava, normalmente.
Faltaram-me, é certo, os cenários maravilhosos da Sicília e a boa música da série italiana... Mas não se pode ter tudo. E, já agora, também podia dispensar alguns tiques expressivos e algo repetitivos do Columbo. Ninguém é perfeito realmente.

domingo, 12 de setembro de 2021

Retratos (27)

Há na maestrina um vigor desmesurado, varonil e pernóstico. Um gesticular frenético excessivo, por vezes, que não ajuda nada ao equilíbrio estético da arte, parecendo puro exibicionismo provinciano. É por isso que não gosto de vê-la a dirigir orquestras. Ainda que no cenário eloquente dos Jerónimos. 

Sonhos



Ao invés da aguarela algo harmoniosa e naïf, de inspiração marítima, os sonhos da noite, colhendo caoticamente as impressões do dia passado e o futuro almoço de filetes de pescada, domingueiro, albergavam pássaros e peixes enormes, Jorge Sampaio discursando em Timor-Leste e o mercado de Dili, onde uma nativa, da sua banca, me queria vender, melíflua, o que me pareceu ser uma gigantesca jamanta. Ainda lhe perguntei se não teria raias. Silenciosa me apontou ameaçadora o que me pareceu ser uma lula de dimensões muito avantajadas. Que recusei, categórico, pelas poucas bocas que teria à mesa, hoje.
Até que, para meu sossego, resolvi acordar e regressar à Metrópole...

sábado, 11 de setembro de 2021

Uma louvável iniciativa 61



Na passada Sexta-feira (10/9/2021) o jornal Público iniciou a publicação fac-similada de algumas obras-primas da nossa literatura. A saída será quinzenal e ao módico preço de 9,90 euros, dada a qualidade da primeira obra apresentada. Chave de ouro se poderia dizer destas Rimas, de Luís de Camões, de 1595, que saíram dos prelos de Manoel de Lyra, em Lisboa. A reprodução fez-se a partir do exemplar que foi de D. Manuel II, e que é, hoje, pertença da fundação da Casa de Bragança, em Vila Viçosa.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Jorge Sampaio (1939-2021)



Embora o seu aspecto frágil não augurasse boas novas, talvez esperássemos que Jorge Sampaio ultrapassasse esta nova crise de saúde. Não o conseguiu, porém. E se, por vezes, as suas aparentes hesitações se chocassem com a minha impaciência natural, em algumas decisões políticas, respeitava-o e considerava-o um verdadeiro democrata, por inteiro.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Memória 139



É a lei do mais forte. E assim como o tubarão engole imensos peixes miúdos, também hoje as grandes editoras vão engolindo outras mais pequenas. Perderam-se deste modo editoras com personalidade própria (outras, é certo, que ainda mais minúsculas, vão surgindo...), com requisitos e tendências de qualidade especiais. A  Assírio & Alvim era uma delas, mas foi engolida pela Porto Editora. Talvez tudo tenha começado com a transferência espectacular (a exemplo dos futebolistas) de Herberto Helder para esta empresa portuense, ainda em vida... 
(Já agora, alguém ouviu falar no Poeta, ultimamente?)
A Assírio & Alvim publicava até um curioso encarte (A Phala) bissexto (grátis?) de que, aqui e em imagem, reproduzimos o nº 11. Que, por coincidência, abre com o poeta madeirense que ainda publicava em Lisboa, nessa altura, os seus livros.

para H. N. agradecendo a amiga remessa.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Do que fui lendo por aí... 45

Citando:

Do nosso amigo Robert Perroud sobre um dos nossos escritores: «Não escreve mal, mas tem por vezes a escrita obesa.»
Também na prosa, tal como no talho, eliminar a gordura é a primeira prioridade. Com uma diferença, todavia: há que conservar o nervo.

Marcello Duarte Mathias (1938), in Diário da Abuxarda 2007-2014 (pg. 174).  

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Belmondo

 

Os últimos tempos têm sido de desaparição de pessoas e gentes, com algum significado para mim.
Ontem, foi a vez de Jean-Paul Belmondo (1933-2021). Acontece-me o mesmo que com alguns poetas de eleição, de que acabo sempre por preferir algum dos seus primeiros livros. Porque a voz é nova, e depois se repete. Ora, de Belmondo eu guardei na memória, sobretudo Pierrot le fou (1965), que é talvez o único filme de Godard de que gosto verdadeiramente e onde o talento histriónico do actor melhor se manifesta.
Dos monstros do cinema francês, é claro que lhe prefiro Alain Delon (1935), sobrevivente, com outra profundidade e capacidade de representação, mas não quis deixar de lembrar esse Belmondo da minha juventude... 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Manuscritos

 

Os manuscritos literários são um mundo fascinante de curiosidade, investigação e interesse, para quem os souber apreciar e conseguir possuir. Estes, que aqui deixo em imagem, foram comprados, por preço em conta, nos finais da década de 80 do século passado e vinham com a identificação de (provavelmente) atribuíveis ao poeta Correia Garção (1724-1772) e tidos como inéditos (que não eram, na realidade, muito embora com ligeiras variantes). Havia, no entanto, alguns textos espúrios, como o repruduzido acima, dado que o conjunto do lote era relativamente volumoso, embora desordenado e diverso. Pelas caligrafias creio que seriam documentos dos séculos XVIII e XIX.



Ocupei-me sobretudo dos dois sonetos (em letra de duas mãos), aqui reproduzidos, e que não constam da impressão original (1778) das obras póstumas do poeta, publicadas pelo filho, em Lisboa, nem mesmo da mais completa e bonita edição de Roma (1888), de Azevedo Castro, da Typographia dos Irmãos Centenari. António José Saraiva, nos Clássicos Sá da Costa (1957), deu-os  como apócrifos, muito embora Teófilo Braga os tivesse anteriormente referido e transcrito, atribuindo-os a Garção.
Em 1974, António Cirurgião (Inéditos de Gorreia Garção e de Basílio da Gama no ms. 1842 do ANTT) incluiu-os neste seu opúsculo bem interessante e fundamentado, defendendo também a sua autoria, a exemplo de Teófilo Braga. Assim eu creio, também.

domingo, 5 de setembro de 2021

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

As palavras do dia (43)


No mundo anglo-saxónico, as instituições moldam aqueles que as servem; nos países latinos, e muito especialmente em Portugal, são as pessoas que fazem as instituições. Uma nomeação errada e todo um projecto fica comprometido.

Marcello Duarte Mathias (1938), in Diário da Abuxarda (pg. 45).

Evocação



Mais do que o Viver com os Outros (1964), de Isabel da Nóbrega (1925-2021) eu lembro-me sobretudo das suas crónicas no jornal A Capital (Quadratim), que eu lia sempre com prazer. Ou de um jantar num restaurante esquecido entre a Baixa e o miradouro de Santa Luzia em que, por mero acaso, fiquei sentado ao lado dela, na honrosa vizinhança de Óscar Lopes, Eduardo Lourenço e do já também falecido, meu querido amigo António de Almeida Mattos. À falta de melhor conversa, na altura, sei que lhe adivinhei o signo (Caranguejo), facto que a surpreendeu imenso. Expliquei-lhe que a proximidade com Gaspar Simões (Peixes) e Saramago (Escorpião) explicariam, talvez, o terceiro dos signos da Água. Foi isto ainda em finais do século XX, depois de uma sessão de homenagem, no Café Martinho, a António José Saraiva. 
Isabel da Nóbrega faleceu ontem.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

MIKIS THEODORAKIS (July 29, 1925 - September 2, 2021)

Citações CDLXII

 

Para castigar os outros por serem mais felizes do que nós, inoculámo-lhes - à falta de melhor - as nossas angústias. Porque as nossas dores, ai de nós!, não são contagiosas.

E. M. Cioran (1911-1995), in Syllogismes de l'amertume (1952).

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Lembrete 84


Hoje à noite, no Canal Hollywood, às 21h30. Com um elenco de luxo: Anthony Hopkins, Helen Mirren, Scarlett Johansson. Para os fãs, a não perder...

Adagiário CCCXXVI

 

Para que o ano não vá mal, hão-de encher os rios três vezes entre o S. Mateus (21) e o Natal.