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terça-feira, 28 de junho de 2022

Contiguidades

 

Fernando sempre me foi um nome agradável. Desde tenra idade. E o contraponto feminino, também.
Penso seriamente que a geração espontânea não existe, e a ligação ou associação mental (em arte, sobretudo) é recorrente, fecunda e muitas vezes sugestiva.
O pintor colombiano Botero (1932) e o francês Léger (1881-1955) privilegiaram de algum modo, na sua obra, a obesidade humana ("gordura é formosura", dizia-se...), para além de terem o mesmo nome de baptismo. As luxuriantes e nédias flamengas de Rubens podem também inserir-se nesse excesso carnal.
O pintor inglês William Roberts (1895-1980), sendo mais comedido e nem tendo o mesmo nome, não deixa de os lembrar, neste quadro de 1939. Que a leiloeira Christie's pôs à venda, aqui há uns bons anos, por uma estimativa entre 10 e 15.000 libras.


sexta-feira, 14 de junho de 2019

Dos excessos e suas alternâncias


Longe vai o tempo em que se dizia: gordura é formosura. Talvez de norma e moda, na época de Camilo, em Portugal, e Ana Plácido não destoava, nesse particular atributo. Segundo um estudo recente e credível, na Inglaterra, uma em cada cinco crianças, até aos 11 anos, é obesa; e com a adolescência, a percentagem aumenta. Uma das razões será da junk food largamente consumida, sobretudo nas classes britânicas mais baixas. Por cá, eu chamo-lhe: fome de séculos, por razões históricas.
Mas também a arte se faz eco destas flutuações de moda ou de estética. Basta lembrarmo-nos dos camponeses de Bruegel ou das mulheres anafadas de Rubens, até chegarmos aos modelos rotundos de Botero. Pelo meio, teremos a elegância dos nus de Cranach e as silhuetas harmoniosas de alguns Dürer. Pelo século XIX/XX, Renoir e Léger voltam à rotundidade curvilínia, mas creio bem que Alberto Giacometti não desdenharia ter Twiggy como modelo preferido para as suas esculturas...


quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Retratos (20)


A damisela (O´Neill dixit) postava-se à direita do blogue, de perfil, semi-sorridente e de óculos escuros, satisfeita de si. Escrevia elegantemente, com minúsculas depois dos pontos finais. Gostava  dos livros do mãezinha, do Cruz, e dos daquele rapaz que tem um piercing no sobrolho. O seu C. V.  abusava um pouco da psicologia positiva, de life changer, de life coaching, de workshop, de academia...
Se a lêssemos, uma beatitude espalhava-se pelo nosso dia, num optimismo vaporoso de rósea felicidade invencível.
As suas referências atestavam formação jurídica, mas que pouco teria praticado, para criar a sua academia, onde administrava cursos de bem-estar na vida. Pagos, claro. Numa entrevista, muito publicitada, insistia na ideia de descomplicar (?) os dias e reafirmava que gostava de buganvílias e de mirtilos, ao brunch.
Mais tarde e por acaso, e depois de lhe ter fixado o rosto, vim a vê-la de corpo inteiro - era francamente obesa, apesar dos mirtilos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aniversários : Prosimetron e Botero


O Arpose cumprimenta e felicita o Prosimetron, no seu 4º aniversário natalício. Com a ajuda de Fernando Botero (1932) que hoje completa 80 anos.
Longa vida!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Pinacoteca Pessoal 22 : Botero


Menos que uma opção incondicional pela obra - que me deixa normalmente dividido - de Fernando Botero (1932), nascido em Medellín, a escolha de hoje aplica-se, sobretudo, à época natalícia que atravessamos. A marca do pintor colombiano, quer na pintura, quer na escultura, é o excesso. Não o excesso na desconstrução como se observa em Francis Bacon ou, até, em José de Guimarães, mas uma reconstrução no abuso dos corpos e na sua exuberância carnal. O feio em Bacon é o horror, o feio de Botero é, habitualmente, obesidade, como se uma raíz cristã o impedisse de ir mais longe.
A obra "Nossa Senhora de Cajica", de 1972, pertence a uma colecção particular. Nada mais contrastante que a boçalidade facial e corporal da Madona, com o tratamento miniatural, fino, da hagiografia circundante na ramagem ou nas nuvens, e as pequenas frutas delicadas. Singular é, também, a longa e sinuosa serpente, parcialmente visível, aos pés da Virgem.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

3 colombianos por uma esplanada de Verão


As Armas

Muitos se armam para a guerra.
É necessário.
Outros se armam contra o mundo.
É preciso.
Alguns se armam contra a morte.
É natural.
Tu armas-te para o amor
e estás tão indefeso
para a guerra,
contra o mundo,
para a morte.

Luz Helena Cordero (1961)

O Arroz

É como se fora
um baixo da orquestra
toda a clareza
afim da melodia
formosura branca
O arroz caminha
como dedos de pomba.

Horacio Benevides (1949)

para MR, este "trocar de rosa", feito em liberdade, numa esplanada de Verão, com votos de boas férias.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Prosimetron em festa!






O Prosimetron completa hoje 3 anos e, por isso, está de parabéns. Partilha o dia de aniversário com o escultor e pintor Fernando Botero que aqui fica representado para dar cor a este dia festivo. O Arpose associa-se ao aniversário, com votos amigos de longa Vida!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sequência genética (quase sem palavras)








Fernand Léger nasceu em 4 de Fevereiro de 1881.
Dos 4 pintores representados, há 2 de signos do Fogo ( Botero e José de Guimarães), um da Água (Rubens) e Léger, do Ar (Aquário): por aqui, também, não chegamos lá. Há que ver os ADN´s...