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terça-feira, 19 de abril de 2016

Bizantinices, ou como agarrar o leitor logo na primeira página


Para os estudiosos de literatura inglesa, particularmente da escritora Jane Austen (1775-1817), é sobejamente conhecido e um case study célebre, o início da sua novela Emma (1815). O núcleo, que tem fascinado ensaístas e investigadores, é composto pelas seis primeiras palavras do início do romance referido e reza assim: "Emma Woodhouse, handsome, clever, and rich,".
Perguntam-se os académicos porquê handsome e não beautiful, por que razão clever e não  intelligent; finalmente, porquê rich e não wealthy?
Ora vá-se lá perguntar a Camilo, por que motivos entendeu começar as suas Cenas Contemporâneas, assim: "Os meus amigos de certo não sabem o que é caçar coelhos na neve?..."

quarta-feira, 5 de março de 2014

Memória (88)


Completam-se esta semana 300 anos sobre a saída, para venda, de um dos maiores best-sellers (para a época) da literatura inglesa - The Rape of the Lock, de Alexander Pope (1688-1744). Os primeiros 3.000 exemplares, postos à venda em Fleet Street, esgotaram-se em 4 dias, e foi preciso imprimir, rapidamente, mais dois mil, para contemplar os potenciais leitores impacientes.
O tema da obra era banal (corte abusivo e roubo de um caracol do cabelo da jovem Arabella, por Robert, Lord Petre), tal como era o do "Hyssope", de Cruz e Silva, poema também herói-cómico, pioneiro em Portugal, que foi publicado, postumamente, em 1802, muito embora corressem versões manuscritas anteriores, entre os amigos do Árcade lusitano.
De alguma forma, estas epopeias satíricas destronaram, no século das Luzes, as antigas epopeias de assunto sério e clássico. Usando, quase sempre, a mesma forma: em Cantos e verso. E tiveram grande voga entre as diversas classes de leitores. Quer na Inglaterra, quer em Portugal.