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terça-feira, 1 de maio de 2018

Há quarenta e quatro anos...


A memória é um bem terrível, sobretudo se for competente e isenta.
Hoje, na prática, que não em legislação e teoria, não sei se as condições dos jovens trabalhadores serão mais favoráveis do que em 1974.
Nesta mesma data, há 44 anos, em Lisboa encontrar uma loja aberta era como procurar uma agulha num palheiro. Supermercados, mercearias, cafés e restaurantes, tudo estava fechado. E muitos trabalhadores celebravam o seu dia, na rua, alegremente.
Eu e um amigo, ao fim da tarde, esfomeados, procurávamos, em vão, algum sítio, para comer o que quer que fosse, antes de entrarmos no Tivoli, para a sessão da noite. Nada. E mesmo na bilheteira só conseguimos o favor e lugar numa frisa, entre desconhecidos, que também deviam estar com fome. Pela forma como nos olharam a ver abrir - tirando o papel de celofane - duas sandes ressessas e dessaboridas, que tinhamos conseguido comprar no pequeno bar do Teatro. Milagrosamente.
O filme que vimos era "A Golpada" (The Sting), que estreara há menos de uma semana. Com Robert Redford, Paul Newman e Robert Shaw, nos protagonistas.
O título da película parece-me profético, hoje, e apropriado para os tratos de polé que tem levado a legislação laboral nestes últimos anos, em Portugal. Pelo menos, na sua aplicação prática, por parte de muitas empresas. E posso assegurar que, hoje, em Lisboa havia muitas mais lojas abertas do que em 1974...


quinta-feira, 10 de março de 2011

O Cinema em casa II



Dois filmes, dois mitos do cinema americano: Marilyn Monroe (1926-1962) e James Dean (1931-1955). " O Pecado mora ao lado" foi realizado por Billy Wilder, em 1955, e estreou no cinema Tivoli. Mostra-se também uma imagem emblemática de Marilyn que contracenou com Tom Ewell. O filme "O Gigante", de George Stevens, teve o Óscar de 1956, para o melhor realizador. Quando estreou já James Dean tinha morrido num violento acidente de viação. Contracenava, na película, com Rock Hudson e Elizabeth Taylor. Em Portugal iniciou a sua carreira, a 16 de Abril de 1956, no Cinema Império, hoje transformado em local de culto, da seita IURD.
E era assim, através dos "Cine-Romances" que, quem não podia ir ao cinema, lia os filmes em casa.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Cinema em casa I



Andava eu no "Baú" à procura de BD do "Fantasma" de Lee Falk, que se iniciou em 17/2/1936, quando se me depararam estes fascículos de Cinema dos anos 50. Permitiam, a quem não pudesse ver os filmes, ler as novelizações e contemplar algumas fotografias da película. Tinham também a ficha técnica com os actores, realizador, etc. Informavam também a casa de espectáculos portuguesa onde o filme se tinha estreado. Por exemplo, "O rei e eu" de Walter Lang, com Yul Brinner e Deborah Kerr, foi estreado no Tivoli, em 22 de Outubro de 1956. O filme de Luchino Visconti, "Sentimento", iniciou as suas projecções no Cinema Monumental. Os fascículos cinematográficos tinham como editor António Feio. Vai também, em imagem, a reprodução das últimas páginas de "O Rei e eu", para se ter uma ideia dos filmes que passavam, na altura, pelas outras casas de cinema. Infelizmente, nenhum destes cinemas funciona, hoje.