Pinacoteca Pessoal 172

 

Numa primeira fase, o suíço Théophile Steilen (1859-1923) dedicou-se a actividades práticas e rentáveis (gráfico, desenhador têxtil, autor de cartazes publicitários que, por vezes, lembravam o traço de Toulouse-Lautrec) e, só posteriormente, intensificaria os seus trabalhos como pintor, vindo a expor, pela primeira vez por volta de 1890.

Colaborou em revistas da época como Le Rire e L'assiette au beurre. Uma das suas marcas de água, e provável seu gosto obsessivo, são as figuras de gatos que povoam a sua obra. As suas telas integram acervos que vão do Hermitage ao Museu Nacional de Washington.

James Ensor (1860-1949)

Pintor excessivo e barroco, James Ensor nasceu a 13 de Abril de 1860, de pais ingleses, mas viveu a quase totalidade da sua vida em Ostende (Bélgica). Era um sedentário, por natureza, e registam-se-lhe apenas deslocações a Paris, Bruxelas e Londres, todas elas breves. Nos últimos anos da sua vida pouco produziu, abandonando-se à música, com gosto e paixão. Mas a sua obra foi apreciada e influenciou, grandemente, os expressionistas alemães. Nos seus quadros predomina a farsa e a extravagância, em detrimento da coesão e rigor das formas.

Em imagem, o seu retrato executado por Henry de Groux. E o quadro "Entrada de Cristo em Bruxelas", de sua autoria, pintado em 1888-89, que causou grande escândalo, na época.