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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Filatelia CL

 

O estudo dos selos portugueses desde cedo suscitou o interesse de estrangeiros, sobretudo de filatelistas ingleses. A Portuguese Philatelic Society, sediada na Grã-Bretanha, teve também uma grande importância na difusão da filatelia nacional lusa, no último século.
Dos seus associados, há que destacar o comandante David Leslie Gordon por estas 2 obras fundamentais, de que reproduzimos as capas, acima, e que foram publicadas em 1985 e 1987, respectivamente.


Seleccionamos 5 selos de D. Luís com carimbos dos mais interessantes ou raros, da nossa colecção, que vem referidos nas obras citadas e que passamos a identificar. Da esquerda para a a direita, o primeiro ostenta a marca de "Posta Rural" (PR), o segundo, com perfuração em estrela, destinava-se ao pagamento da taxa de telegrama, o terceiro tem a identificação local de Golegã. O quarto selo, com o pouco frequente carimbo de Alvôco (Seia), é raro e tem uma valorização de 75, numa tabela de 100, referida por D. L. Gordon. Finalmente, o quinto e último tem o carimbo nominal de S. Domingos de Carmões (Torres Vedras).





segunda-feira, 14 de julho de 2025

Filatelia CXLV



É minhas convicção enraízada que a qualidade estética e beleza da produção de selos dos correios da maior parte dos países tem vindo a piorar substancialmente, nos últimos decénios. Talvez escapem as estampilhas da Alemanha, da Inglaterra e pouco mais.
Em geminação, e talvez para me penitenciar de um comentário desprimoroso que fiz num poste do Prosimetron, da MR, sobre uns selos actuais de França que apareciam em imagem, aqui deixo o testemunho de beleza de alguns selos dos anos 40 a 70 do século passado, em que o cuidado gráfico dos correios gauleses era soberano e digno de admiração, nessa época.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

25 de Abril

 


A célebre efeméride alastrou, com toda a propriedade e merecimento, a variadas temáticas. Entre elas a filatelia, cuja imagem feliz acima reproduz, um ano depois (1975), este acontecimento da nossa história.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Filateliia CXXIV


Desde cedo que a Suíça se apercebeu que os seus selos de correio poderiam ser uma óptima fonte de receita para os seus orçamentos, especializando-se, por isso, os seus serviços postais em temáticas (flora, fauna...) que atraissem o interesse de filatelistas nacionais, mas também estrangeiros.


A qualidade profissional da empresa helvética Courvoisier SA, que chegou a trabalhar para os CTT portugueses (séries heliogravadas do Presidente Carmona, 1945, da 2ª emissão de Costumes Portugueses, 1947, e Dinastia de Aviz, 1949) também contribuiu para o prestígio dos selos suiços e sua divulgação no mercado filatélico.




Logo, outros pequenos países com menores capacidades financeiras, dando conta do sucesso, lhe seguiram o exemplo produzindo séries filatélicas que foram fidelizando coleccionadores a comprarem-lhe as tarjetas postais para os seus acervos. Destacaria, por exemplo, Mónaco, Vaticano, e S. Marino que deixo em imagem comprovativa, na imagem superior.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Filatelia CXXIII

 

Tirando as primeiras impressões filatélicas, de alguma qualidade, que foram produzidas nos E. U. A., os países da América do Sul, pela sua dependência económica, só mais tarde vieram a fabricar os seus próprios selos. São normalmente séries estampadas em papel de fraca qualidade e com desenhos, normalmente, muito toscos e, no geral, de estética que deixava muito a desejar. Argentina, Brasil, Colombia, por exemplo, estão aí para corroborar o que afirmo.


Estas características contribuiram também para a proliferação de muitas falsificações, umas melhores que outras na sua execução, que andam no mercado filatélico.
Em tempos já muito recuados, comprei a preço em conta e modesto o que seria um exemplar do nº 7 (Yvert) da Argentina (1862-64), novo sem goma. Apresentava aparentemente um erro (71 pérolas) que o classificaria como nº 7a (e ou 7d), atribuindo-lhe o catálogo francês de 1994 um valor significativo de 17.500 francos franceses (cerca de Esc. 525.000$00 portugueses, na altura).
Nunca acreditei muito nestes valores. E, aproveitando a ida de uns amigos a Buenos Aires, pedi-lhes que colhessem uma opinião abalizada numa loja filatélica da especialidade. Realmente, o selo era falso. E o seu valor era meramente residual.                                         

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Filatelia CXXII

 


A disposição de selos em álbuns e cadernos filatélicos tem a sua importância do ponto de vista de apresentação estética. Por sua vez, o estudo das estampilhas, quando aprofundado, pode valorizar o conjunto filatélico a nível pessoal, ainda que disposto de forma artesanal.
Tenho particular apreço por esta pequena colecção da ilha de Malta que organizei, catalogando, em 1996, os 144 selos que tinha, e colando-os, num pequeno caderno, um pouco tôsco, que arranjei para o efeito.


Os selos estão classificados e precificados pelos três mais importantes catálogos para países europeus: o Michel (alemão), o Stanley Gibbons (inglês) e o Yvert (francês).



domingo, 1 de dezembro de 2024

Filatelia CXXI


 

No Dia da Filatelia, aqui ficam em imagem, os 4 selos da primeira emissão portuguesa, de 1853, bem como uma carta que circulou de Elvas para Lisboa, em 1854. O selo de 50 réis de D. Maria II ostenta o carimbo numérico (48) de Angra (Açores). O selo de 100 réis é uma reimpressão de 1863, com goma.    

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Filatelia CXX

 

Muito embora, oficialmente, os envelopes com FDC (Carimbos de 1º Dia), em Portugal, tenham tido início apenas com a emissão do 16º Congresso Internacional de História de Arte, no ano de 1949, já em 1894, e com a série comemorativa do 5º Centenário do nascimento do Infante D. Henrique, tinha sido criado um carimbo próprio que obliterou uma grande parte dos selos circulados dessa série, na altura.


Fruto de experiências talvez particulares, existe também uma folha com carimbo original do início da Exposição do Mundo Português e a data 1/12/1940, da emissão do 8º Centenário da Fundação e 3º da Restauração de Portugal, na minha colecção. Que, com certeza, não será muito frequente aparecer.

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Filatelia CXIX


Se, hoje em dia, os selos propriamente ditos são em menor parte usados na correspondência, em benefício neutro de etiquetas mudas de imagem ou carimbos inexpressivos, os CTT aumentaram, com o tempo, as suas "rendas" através de mil e um artifícios tentadores sobretudo para os filatelistas. E a exemplo de países estrangeiros, que já os usavam.



Estão neste caso, desde 1986, a emissão dos chamados Livros CTT que, com apuro gráfico, agrupam séries de selos já em circulação, com a mesma temática, acompanhados de textos competentes de especialistas da matéria. O primeiro destes livros foi dedicado aos "5 Séculos de Azulejos Portugueses".



Reproduzimos, em imagem, o volume que foi dedicado à "Pintura Portuguesa do Séc. XX", que tem texto alusivo de José-Augusto França (1922-2021), inserindo selos de Amadeo de Souza-Cardoso até José de Guimarães. Este Livro CTT foi editado em 1990, com estampilhas postais (em blocos) de 1988 a 1990.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Adenda a Filatelia CXLIX e aviso à Sra. Dª. Rosa P.

 À última da hora, surgiram-me impedimentos pessoais inadiáveis que não me permitem comparecer ao encontro amanhã, Quarta-feira, em Lisboa.

As minhas maiores desculpas pelo incómodo!

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Filatelia CXLIX



Não é todos os dias que recebemos uma remessa desta dimensão (em imagem fica apenas uma parte) composta por selos para a minha colecção. Maioritariamente da Alemanha, há também selos usados da Áustria, Eslovénia, Estados Unidos, França, Portugal... Agora, há que metê-los na água morna, para descolar, com 3 ou 4 pedras de sal, para não desbotarem as cores. Depois, secar e arrumar. 
Grato reconhecimento a R. J., que teve a lembrança e os enviou!

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Filatelia CXLVIII


(Ora vamos lá, humildemente, em nome da aliança velha e luso-britânica, contribuir para a mainstream do momento régio! O grande jubileu isabelino.)

São 70 anos em que o retrato, perfil ou efígie de Isabel II (1926) surge em tudo quanto é selo emitido pelo Reino Unido. Do acesso ao trono, em 1952, passando pela coroação a 3 de Junho de 1953, até hoje , é o mais longo reinado inglês, ultrapassando o da rainha Victoria (1819-1901). E, com certeza, a temática filatélica especializada mais frequente.


Se até aos anos 70 do século passado, de um modo geral, o número de emissões de selos britânicos era comedido, a partir daí a séries dispararam. Não só as comemorativas, mas também as emissões base, através das cores e tonalidades, selos fosforescentes ou não, e variações de produtos filatélicos para coleccionadores. Com o Platinium Jubilee, espero ainda o pior...



quinta-feira, 10 de março de 2022

Filatelia CXLVII


 

                                                       Em solidariedade para com a Ucrânia.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Filatelia CXLVI


Muitas vezes, a ganância ultrapassa o sentido da conveniência. E vê-se, ostensivamente.
Os correios, ao menos os portugueses, com a perspectiva desmedida dos lucros, perderam o sentido da proporção, no que diz respeito à filatelia. Claro que isto resulta de terem à frente da instituição pessoas cuja ignorância sobre a especialidade é grande, a rusticidade é robusta e a cultura geral é nenhuma. Talvez percebam alguma coisa de economia, mas de uma forma muito enviezada e canhestra quanto ao assunto.
Ao permitirem que qualquer particular pudesse criar selos, desde que pagasse, com fotografias do próprio, de familiares ou até de amigos, prolongaram até ao infinito o número de selos possíveis do país. Em teoria, perante esta enormidade, acabaram com as colecções de selos, no seu sentido clássico, pela infinidade possível de emissões a existirem... Qualquer filatelista que se preze, deixaria de juntar selos portugueses, a partir daqui.




O pequeno álbum de selos que se apresenta acima, em imagem, data de 1931, e o seu anterior proprietário, inglês, dava pelo nome de John Willi, e tê-lo-á adquirido, ou foi-lhe oferecido, pelo Natal desse ano. O filatelista teria chegado a ter 919 selos. Este bonito álbum, editado pela Stanley Gibbons, que era e é, ainda hoje, talvez a maior casa filatélica do mundo, tinha 200 páginas com casas para colar selos, em parte, de todos os países do mundo. Nesta altura, e para se ver, já a nossa tendência para o excesso ou incontinência era grande: Portugal já tinha emitido 542 selos. Enquanto a Inglaterra, sempre comedida e pragmática, pusera em circulação, até ao Natal de 1931, apenas 438 estampilhas. E a parcimoniosa e poupada Holanda calvinista contava 248 - pelos vistos, chegavam-lhe para as necessidades postais e para os seus coleccionadores de selos.
Por cá, como se vê, já era um fartar vilanagem!...



domingo, 8 de agosto de 2021

Filatelia, Espanha e geminações



Cada filatelista terá um tipo de relação e opinião sobre os selos dos países que colecciona ou temáticas que vai desenvolvendo na sua colecção. Se os meus interesses iniciais, para além de Portugal naturalmente, se inclinaram para a Hungria, hoje, centralizam-se nos selos portugueses e das ex-colónias, bem como na Inglaterra e na Alemanha, países cujas emissões filatélicas são cuidadas, de bom gosto e inovadoras. Pelo contrário, nunca apreciei os selos de países da América do Sul e, na Europa, os da Bélgica e de Espanha. Para não referir os dos países do Leste europeu, normalmente berrantes no colorido, mas banais no desenho, e de mau gosto.



Num comentário a um poste (com imagem de 2 selos espanhóis) de MR, no blogue amigo Prosimetron, expliquei as razões do meu desagrado pela fraca qualidade do papel (muitas vezes couché e quebradiço), iconografia algo tosca e denteados (até meados do século XX) grandemente imperfeitos. Mas prometi eventualmente geminar o tema, aqui. Tentei seleccionar estampilhas, ao contrário do habitual, com alguma qualidade. A imagem acima começa com o selo nº 1 (emitido em 1851, com o perfil de Isabel II), contém um selo gravado celebrando Rosalía e reproduz pinturas de Goya e Velásquez, além doutros motivos.



Não queria deixar de referir o bom trabalho de investigação e classificação que representa o catálogo especializado castelhano Galvez, de que deixo imagens (1ª e 3ª). A última imagem  representa, finalmente, alguns selos da República Espanhola, que se inspiraram em quadros de Goya. E ainda outros, diversos, todos do correio aéreo.




Para MR, no seu Prosimetron, e em geminação cordial.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Filatelia CXLV



Breve explicação, a deste poste sobre selos de França. Que é também uma geminação com o Prosimetron e um poste de MR, sobre o mesmo assunto. Eu tinha comentado a menor qualidade dos selos franceses actuais, que aparecem no poste, comparando-os com selos gauleses gravados e de alta qualidade mais antigos. Aqui deixo como testemunho alguns selos gravados a talhe doce, dos anos 30 a 1953, que justificam, plenamente quanto a mim, a afirmação que fiz no comentário do Prosimetron.



quinta-feira, 24 de junho de 2021

Filatelia CXLIV



Nos últimos anos, em Portugal, foram desaparecendo uma grande quantidade de lojas filatélicas (Eládio, Santana, Afinsa...), acompanhando, de algum modo, o fecho de livrarias e estabelecimentos especializados, que foram sendo ultrapassadas pelo voraz comércio da blogosfera e quejandos. Os mais significativos estabelecimentos de venda de selos para colecção chegaram a editar revistas próprias, como por exemplo o Mercado Filatélico (Porto), com colaborações e trabalhos bem interessantes de filatelistas portugueses de reconhecido mérito e saber. A revista portuense, de que editamos em imagem 2 capas, publicou-se durante mais de 20 anos. Tinha uma tiragem de 3.000 exemplares, nos anos 70, e custava Esc. 25$00. Outros magazines temáticos foram  surgindo, embora de menor qualidade e mais curta duração. Hoje, quase tudo desapareceu. E faz falta para um maior aprofundamento e conhecimento da filatelia nacional.





Lá fora, estas publicações, muitas delas já antigas e de grande qualidade, continuam a publicar-se. A mais importante que conheço dá pelo nome de Stamp Monthly e é pertença da célebre casa filatélica inglesa Stanley Gibbons (Strand, Londres). A publicação, favorecendo naturalmente os estudos sobre selos do Reino Unido e da Commonwealth, aborda também a filatelia estrangeira, como é o caso anunciado nesta capa, com um trabalho notável sobre os clássicos da Dinamarca.





Na iconografia deste poste deixamos também imagens de capas de mais duas revistas filatélicas de boa qualidade que são editadas, entre muitas outras publicações, na França e na Alemanha.

terça-feira, 30 de março de 2021

Filatelia CXLII

 


O estudo de marcas postais e cartofilia, do ponto de vista filatélico, é uma das temáticas mais fascinantes do coleccionismo. Permitindo, através de uma investigação apurada, concluir alguns factos muito diversos. Esta carta, em imagens, circulada há pouco mais de 150 anos (21 de Março de 1871), entre o Porto e Guimarães, atesta-nos a eficiência e rapidez dos serviços de Correio portugueses, na altura. Expedida da cidade Invicta, a 21/3/1871, por Jozé Martins Fernandes, foi recebida, no mesmo dia, na Cidade Berço, pelo irmão, Francisco Martins Fernandes, comerciante de solas e cabedais, na Rua Nova do Muro (hoje, Rua Egas Moniz ou Rua Nova apenas, creio).



Franqueada, a carta, com a taxa de 25 réis, selo da série de D. Luís, fita direita (1870-76), carmim rosa (nº 40, de catálogo), com o denteado de 12 e 1/2, foi batida com o carimbo numerado 46 (Porto) de barras interrompidas. O teor da carta, entre os dois irmãos, é de natureza comercial. E relata o ajuste de negócios na compra de sola, com um representante da família Cálem (hoje, mais dedicada ao Vinho do Porto), produto esse que oscilava de preço, em 1871, por entre 210 e 230 réis, com prazo de pagamento de 4 meses.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Filatelia CXLI


Não sei se o Brexit foi, para o Royal Mail, motivo justificado e suficiente para a emissão de alguma série de selos, na Inglaterra. Em 1973, e após dois vetos da França personificados por Charles de Gaule (1890-1970), que recusava a sua admissão por desconfianças sobre a Commonwealth, desaparecido o General, o governo de Edward Heath (1916-2005), movendo influências e diplomacia, conseguiu que o Reino Unido ingressasse na Comunidade Europeia, facto que justificou a série filatélica, de três selos, em 1973, conforme imagem. 

Mas logo quatro anos depois (1977), os correios ingleses não se esqueceram de celebrar, também em selos, a cimeira dos chefes de governo da Commonwealth... Razão tinha De Gaulle.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Filatelia CXL

 


Para lá das pajelas dos CTT que anunciavam, com alguma antecedência, as novas emissões de selos, havia algumas iniciativas, normalmente desconhecidas dos filatelistas, que os correios portugueses promoviam. Estão neste caso uns pequenos classificadores esteticamente de bom gosto com que eram presenteadas instituições do Estado, mas também autoridades de relevo e do regime, escolhidas pelos CTT.



São alguns desses classificadores que deixo em imagem, todos das ex-colónias, e o interior de um deles, que continha os selos (1969) alusivos à evocação do nascimento do rei D. Manuel I (1469-1521), de cada um dos territórios ultramarinos.