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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Recomendado : setenta e sete - correspondência de Teixeira Gomes


Nestas cartas e postais endereçados a João de Barros (1881-1960), palpita movimento e vida. Melhor diria, alegria e raiva de viver. A correspondência, que vai de 1919 a Julho de 1941, poucos meses antes da morte de Manuel Teixeira Gomes (1860-1941), nunca é monótona, mas de leitura agradabilíssima.
Impressões de viagens, descrições paisagísticas lindamente escritas, opiniões políticas e cortes na casaca, com apreciações por vezes acerbas e duras sobre alguns políticos da época e escritores coevos e confrades, a correspondência inclui também textos de ficção-realidade de grande beleza. De que eu destacaria uma descrição de um Copejo algarvio, de grande realismo, à altura dos textos de Raul Brandão e Paul Valéry, sobre o mesmo tema.
Altamente recomendável a leitura deste livro, com um interessante prefácio da jornalista Manuela de Azevedo (1911-2017), só é pena que a obra tenha tido pouca divulgação. Aqui estou, porém, a fazer a minha parte, lembrando-a...

os maiores agradecimentos a H. N..