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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A propósito de um livro de exercícios


Durante muitos anos, pensei, intuitivamente, que todos os meus amigos e conhecidos sabiam nadar e andar de bicicleta. Pareciam-me daquelas competências básicas que, nas palavras do escritor Georges Perec, se pode traduzir (Pedro Tamen) por: a vida, modo de usar. Estava redondamente enganado.
Mas também eu nunca fui muito de exercícios físicos e, nesse aspecto, encontro-me na boa companhia de Churchill.
Na disciplina liceal de Ginástica, cumpria os mínimos, mas a subida da corda ou o salto sobre o fosso, na tropa, sempre me criaram alguma angústia existencial... Não era o caso do tronco, temível para os de pequena estatura corporal, a que eu chegava com extrema facilidade por ser alto.
Para quem tem muitos livros, a existência de nichos escusos de difícil acesso e volumes em segunda fila faz esquecer, com o tempo, obras significativas ou de particular estima que, momentaneamente, vamos arrumando em prateleiras secundárias, à falta de melhor espaço.
É o caso deste O Meu Systema, de I. P. Müller (1866-1938), que me coube por herança de pessoa muito próxima. 
Numa edição da Bertrand (como sempre, manhosa, sem data de impressão...), provavelmente de finais dos anos 30, terá custado a esse meu familiar, uns módicos Esc. 8$00. E, por ele, terá aprendido os rudimentos do exercício da Ginástica Sueca (embora o autor da obra tivesse sido um oficial do exército dinamarquês), muito em moda na época. Que as fotos e imagens são bem elucidativas.


Pois, lubrificado hoje, pela matinal e salutar natação da piscina autárquica, eu consegui debruçar-me, facilmente, para o lado esquerdo da secretária, e encontrar esta preciosidade bibliográfica, na prateleira do fundo.


De que, aqui, fica um pequeno respigo iconográfico, antes que o livro regresse à estante mais térrea...