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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Divagações 187



A igreja, às vezes depois de séculos de beatitude, elege os seus santos pelas suas virtudes e milagres. O comum da terra, as suas ou os seus divinos predilectos para adoração laica. Anda por aqui uma intrínseca necessidade de paixão abstracta, talvez necessária ao viver tranquilo.
Assim como a acamada Alexandrina de Balazar, Sarah Bernhardt (1844-1923) foi cega adoração do populacho, mas também de elites: Victor Hugo e Alfons Mucha, por exemplo. E Nadar fotografou-a muitas vezes, com desvelo e atenção profissional.
Os seus últimos sete anos de vida viveu-os a artista francesa com apenas uma perna, um único pulmão e um só rim. Ainda assim consta fidedignamente que se incorporaram 400.000 acompanhantes fervorosos no seu funeral majestoso.