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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Curiosidades 102



São porventura estranhas, mas curiosas, as regras culinárias de alguns países que proíbem nas suas gastronomias, por exemplo, o uso de vaca na alimentação indiana ou o consumo de carne de porco por outros povos. Nas tripas bovinas estamos com a França (Caen), como grandes apreciadores. Mas não a acompanhámos no largo consumo de coxas de rã de que a França é o maior consumidor mundial (3.000 toneladas anuais), muito embora a legislação gaulesa, desde 1977, proíba a sua captura em território nacional.
As coxas de rã são assim importadas da Indonésia (80%), Vietname (13%) e Turquia que contribui com 3,4%. E, ao que parece, os animaizinhos nos "matadouros" não são tratados de forma muito pacífica, nem executados com piedade... Ainda assim, a França captura e abate, à má fila e à socapa, mais cerca de 2 milhões de rãs, nas suas zonas húmidas nacionais, para alimentação privada.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Dos mínimos


Nunca me incomodou comer num restaurante atascado, desde que tivesse boa cozinha e o serviço fosse conveniente. Como também nunca realcei excessivamente as refeições tomadas em restaurantes de luxo, se também cumprissem esse desiderato, com a qualidade correspondente à sua categoria.
Nunca fui grande entusiasta da minimalista nouvelle cuisine que, no entanto, do ponto de vista estético, dá boas imagens em hebdomadários e revistas finas da especialidade. E faz a glória efémera de alguns chefs muito celebrados. Mas também nunca procurei restaurantes farta-brutos, para saciar a minha gula. No meio, acho que está a virtude. E se durante alguns anos, por motivos profissionais, me tive que habituar ao come-em-pé, infelizmente, não tenho porém qualquer problema - como muito boa gente tem - em comer sozinho. Saboreio melhor, talvez, e vou pensando, entretanto...
Não gosto de pouco espaço entre mesas. Não gosto de pedir o sal duas vezes. Lembro-me sempre que um prato que conste da ementa do dia, não deve demorar mais do que 20 minutos a chegar à mesa. E que um restaurante, minimamente competente, deve ter um empregado para cada 7 mesas. Ora, isto, até em alguns restaurantes ambiciosos é, muitas vezes, esquecido. Será em nome da tal produtividade?

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Do rifoneiro castelhano (8)


Carnero, castellano; vaca, gallega; arroz, valenciano.

(Carneiro, castelhano; vaca, galega; arroz, valenciano.)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Seguir a Ásia


A notícia, surpreendente, vem no jornal de hoje. Segundo um estudo da FAO, e perante o crescimento acelerado da população mundial, os bens alimentares escassearão de tal forma que os seres humanos serão obrigados a utilizar outras fontes de alimentação. E a conclusão desse estudo aponta os insectos como objectivo mais rico e lógico. Se na Ásia são já, e de há muito, uma iguaria apetecida, bem como nalguns países africanos, a Europa, até aqui e de um modo geral, tem-se abstido. Mas parece que, no futuro, não haverá muitas alternativas...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Pelo Dia Mundial da Alimentação


É sabido, de quem se interessa por temas de qualidade alimentar que, por exemplo, nos iogurtes a data de validade é, de um modo geral, meramente indicativa e não científica. E, por isso, o produto tem, normalmente, mais uma semana de vida, podendo ser consumido, nesse período posterior, sem qualquer perigo para a saúde. Sabemos também que muitos frutos são rejeitados pelo não cumprimento do calibre (ou tamanho), graças a uma directiva burocrática, obnóxia e aristocrática da UE, idealizada na assepcia dos gabinetes refrigerados de Bruxelas, por rapazes que, na infância, nunca colheram fruta verde das árvores, para trincar. São os príncipes da irrealidade...
Sabemos também que, hoje em dia, muitos legumes, nas grandes superfícies, vão à noite para o lixo, por não apresentarem aquele aspecto de frescura que o cliente, habitualmente, procura. Mas estão bons e não fazem nenhum mal à saúde. Simplesmente, não preenchem os requisitos visuais de fotogenia gustativa. Por isso, os dados apontam e dizem que os povos do Ocidente e primeiro mundo têm à sua disposição cerca de 1,5 a 2 vezes mais alimentos do que seria necessário. Daí, num mundo onde há Fome, ser este desperdício, burocrático e aristocrático, simplesmente imoral e criminoso.
Tristram Stuart (1977), inglês, sendo sensível a este facto, e contando com alguns apoios, inicialmente particulares, resolveu agir. Em 2009, anunciou e organizou para a Trafalgar Square, uma gigantesca refeição frugal e grátis, para 5.000 pessoas carenciadas. Chamou-lhe "Feeding 5.000". No dia aprazado, chovia bastante, em Londres, mas os necessitados ocorreram e a comida simples (arroz de caril e legumes variados) esgotou completamente. Em 2011 repetiu esta acção, com o mesmo resultado. A 13 de Outubro, passado, terá repetido, em Paris, o "Feeding 5.000", já com o apoio de várias empresas que cederam as viandas, já quase no limite do seu prazo de validade.
O jovem Tristram Stuart não pretende substituir-se aos Governos, nem às Ong's, nem às instituições de assistência social. O seu objectivo é chamar a atenção para o desperdício que o Primeiro Mundo pratica, com leviandade, de forma imoral e criminosa. Não é pouco, convenhamos.