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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Em resumo


O fim da tarde foi bem empregue: vi Amigos, aprendi algumas coisas interessantes, que não sabia. E, embora o tema, parcialmente, não fosse "my cup of tea" (como os ingleses dizem), até fiquei com curiosidade de relembrar alguns factos de que me esquecera, com o tempo. Por isso, repeguei neste livro de 1940, da Portugália, que tem uma capa bem interessante.
Mas para que não fique nenhuma dúvida, desde já e aqui, me declaro: republicano e laico.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bibliofilia 44 : Tarcísio Trindade


Morreu há dias, pouco depois dos idos de Março, com quase 80 anos, em Lisboa, mas era natural de Alcobaça. Era um homem que cultivava alguma distância, na sua extrema afabilidade educada. Profundo conhecedor dos mistérios e meandros da bibliofilia, Tarcísio Campos Trindade (1931-2011) desencantou das traças da antiguidade, em 1965, o primeiro incunábulo escrito em português (Tratado da Confisson, 1489) que manteve a sua posição primeva até que, em 1996, João Alves Dias nos deu a conhecer o "Sumario das Graças", impresso por volta de 10 de Abril de 1488. Desde os anos 70 que Tarcísio Trindade tinha casa aberta (até tarde, normalmente) na Rua do Alecrim, nº44, em Lisboa. Era um local de encantamento e descoberta para quem gostasse de livros. Lá conheci António Valdemar e Joaquim Braga, por lá passou, muitas vezes, Pina Martins, lá aparecia, e cavaqueava, Artur Anselmo. Os preços dos alfarrábios eram justos, daí que, frequentemente, alguns colegas de profissão lá fossem, para comprar obras que revenderiam, mais caras, depois, nas suas lojas. Era preciso passar todos os dias, porque, normalmente, todos os dias havia novidades expostas para venda. Lá comprei um folheto raro de Mariana de Luna, de 1641, uma primeira edição de Rubén Darío, com dedicatória, que pertencera a Alberto de Oliveira, a "Clepsydra" (1920) de Camilo Pessanha, na sua edição original, e tantas outras obras raras ou preciosas. Havia sempre uma pequena informação ou nota útil de Tarcísio Trindade, quando se fechava a transação, sobre o livro em causa. Passou o ofício ao filho, Bernardo Trindade, que herdou a amabilidade do Pai, e grande parte dos conhecimentos, mantendo a actividade, no mesmo local, com os mesmos princípios.