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domingo, 13 de outubro de 2019

Desabafo (50)


O que se fartaram de falar na net, aplaudindo muito, aqui há 2 anos, quando o Nobel da Literatura foi dado ao cantautor norte-americano, que até, malcriadamente, usou uma senhora para ir receber o cheque do prémio a Estocolmo!...
Agora, que é o 2 em 1, na net, quase ninguém fala de Peter Handke (1942) e da senhora Olga Tokarczuk (1962). Que diferença! Será que nenhum deles sabe cantar? Ou será que a iliteracia está a alastrar e tem vindo a tomar conta da net?

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A errática fama de um Nobel


Se há personagem controversa, no mundo da literatura, creio que Alexander Soljenítsin (1918-2008) leva a palma, muito provavelmente, neste particular.
Tudo terá começado por uma carta, que escreveu a um amigo, em 1945, em que fazia duras críticas a Stalin. A missiva foi apreendida pela polícia política soviética e o escritor foi preso. Por aqui se iniciou a peregrinação dolorosa e a sua fama errática. E a sua carreira de romancista.
Tempos da Guerra Fria, o Ocidente, a partir dos primeiros livros publicados, sempre o amimou, enquanto na URSS a sua figura ia passando por altos e baixos. Conservador, para alguns, inovador para outros, Soljenítsin sempre pensou pela sua própria cabeça e em liberdade. Premiado com o Nobel, em 1970, só em 1974 o veio a receber. Mas neste mesmo ano foi expulso da sua pátria e foi-lhe retirada a nacionalidade soviética.
Em 1994 regressa à Rússia e, no ano de 2007, conhece e simpatiza com Putin. Sentimento recíproco, da parte do político. Que, neste ano da graça de 2018, acaba de assinar um decreto presidencial, para que o centenário do seu nascimento possa ser celebrado condignamente.
Ironias do destino, o poder acaba sempre por capturar, aproveitar e rentabilizar os ícones simbólicos que lhe possam trazer mais valias...


segunda-feira, 30 de abril de 2018

Revivalismo Ligeiro CCLXXIX

Agora, e no ano em que a Academia Sueca encara a hipótese de não atribuir o Nobel da Literatura, numa espécie de purismo, rigor e retrocesso arrependido, façamos as pazes com o Zimmerman...

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Não há 2 sem 3


Com a velha e soberana ironia inglesa, o último TLS (nº 5976) afirma que, hoje em dia, é mais difícil um escritor ganhar um Grammy, do que um letrista ser premiado com o Nobel da Literatura.
Em apoio desta conclusão fascinante, refere Patrick Modiano que escreveu cantigas para Françoise Hardy e Lucy Hope, e o cantautor Dylan que também escreveu para meio mundo e para si próprio. O último Nobel da Literatura, Kazuo Ishiguro quase conseguiu um Grammy com as 4 canções que compôs para o álbum de Stacey Kent (Breakfast on the Morning Tram), mas não chegou lá...
Mas não falhou o Nobel da Literatura, este ano.
Que Jacques Brel e Leonard Cohen lhes perdoem!

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Os sentidos do Nobel


Parece que a Academia Sueca voltou a privilegiar o olhar, em detrimento do ouvir.

sábado, 5 de novembro de 2016

Do que fui lendo por aí... (2)


A pergunta "O que é a arte?" é um tipo de cliché muitas vezes referido sem esperança de uma resposta, e que na maioria dos casos seria preferível nem sequer ser perguntado de todo. Esta edição do TLS centraliza-se na contribuição de artistas diversos que vão do reconhecidamente moderno J. M. W. Turner, John Piper e Pauline Boty, até ao pré-moderno Jan Gossart e aos anónimos artistas da América Central (...) O tema fez-se actual por causa de uma pergunta com  ele relacionada, que se pôs, "O que é a literatura?", a propósito do ingresso de Bob Dylan no panteão dos vencedores do Nobel. Daniel Karlin fornece uma firme contribuição, nestas páginas, para o caso: "o elemento que falta na forma como avaliamos um artista como Dylan não é tanto o facto de ele cantar as suas criações, mas o facto de estas exibições terem sido preservadas e se terem orientado, através do tempo, como de textos literários se tratassem" (...) E o prémio (tão arbitrário; tão inexplicável) ter falhado canonicamente tantos grandes escritores. Será importante que Bob Dylan, com a sua voz de falsete e os seus clamorosos insucessos dos anos 80, tenha atingido as alturas que foram negadas a Vladimir Nabokov ou a Marcel Proust? (...)

Stig Abell, no editorial do TLS (nº 5925).

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Retro (89)


Em 1953, a Esposa de Winston Churchill recebe, em nome dele, o prémio Nobel da Literatura. As democracias (ou Academias) nórdicas sempre tiveram uma forma gentil de se expressarem...