Mostrar mensagens com a etiqueta Pop Art. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pop Art. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Assim vai a arte



Vai longe o tempo em que as obras de arte se adquiriam por gosto estético, por empatia cultural e, maioritariamente, sem ter em conta a eventual valorização do objecto. Hoje, na prática, quase tudo se compra no propósito de investimento e ganhos futuros. Esta serigrafia de Andy Warhol, semelhante a uma série de mais 4 que só diferem nas cores, atingiu um recorde, neste início do século XXI. Representante icónica da Pop Art, ultrapassou o anterior valor máximo de obra de arte, em leilão, que pertencia ao quadro Les Femmmes d'Alger, de Picasso, que também a Christie´s vendera, em 2015, por 170 milhões de euros.
A obra de Warhol foi arrematada por um conhecido galerista norte-americano (Larry Gagosian) e, o único aspecto que eu, subjectivamente, considero positivo, é que o montante apurado na venda será destinado à criação de sistemas de apoio de prestação de cuidados de saúde para crianças e programas educacionais.
Valha-nos, ao menos, isso!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Pinacoteca Pessoal 181



Falecido recentemente (25 de Dezembro), o pintor norte-americano Wayne Thiebaud (1920-2021) é reconhecido como um dos precursores da Pop Art. De origem familiar francesa e mórmon, começou profissionalmente a sua actividade como ilustrador, até se dedicar à pintura. Chegou a trabalhar, pelo meio, nos Estúdios Disney.


A II G. G. interrompeu a sua actividade, dedicando-se posteriormente ao ensino. Simultaneamente vem a contactar pintores já conhecidos que vieram a tornar-se futuros amigos, tais como De Kooning, Rauschenberg e Jasper Jones. Temas "alimentares" começam a aparecer na sua obra a partir de meados dos anos 50, como pretensas naturezas mortas, negligenciadas até aí.



A sua primeira mostra importante ocorre em 1960, no Museu de Arte Moderna de San Francisco.
Coleccionador de naturezas mortas de Giorgio Morandi, a obra de Thiebaud não excluiu a paisagem, nem alguns retratos muito expressivos.

com envoi para o blogue Memórias e Imagens, de Margarida Elias, em geminação atrasada.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Pinacoteca Pessoal 81 : Sigmar Polke


Considerado um dos pintores mais significativos do post-guerra alemão, Sigmar Polke (1941-2010) tem, presentemente, no MOMA, uma exposição retrospectiva da sua obra, que seguirá para a Tate, no Outono.
Influenciado pela Pop americana (Andy Warhol, Lichtenstein...) soube reconstituir uma identidade própria, onde a provocação andava paredes meias com um libertário anarquismo de expressão, servido por um profissionalismo e cultura exemplares. Na década de 70, passou a dedicar-se à Fotografia, regressando, na década seguinte, à Pintura, parecendo, com isso, querer sublinhar a sua inteira autonomia, bem expressa pela sua frase provocatória: Wir wollen frei sein wie die Väter waren (Queremos ser livres como os nossos Pais foram) - numa alusão cruel e irónica à geração alemã que viveu e acompanhou o nazismo. 
O quadro Frau Herbst und ihre zwei Tötcher (A senhora Outono e as suas duas filhas), da segunda e terceira imagem do poste (conjunto e pormenor), pintado por Sigmar Polke no ano de 1991, em que a Mãe corta papel com uma tesoura e as filhas lançam os pedaços como se fosse neve artificial, parece, no entanto, querer expressar uma reconciliação entre tradição e modernidade, a que um cenário, confundível de esboços-paisagens à Turner, cauciona uma estética fragmentária, mas muito singular.