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sábado, 2 de julho de 2022

A nova escravatura "trés chique""

 


Imagens como a reproduzida acima costumam acirrar a consciência de bem pensâncias.

Porventura, rebate sonso, integrado numa caminhada mas vasta de reescrita da História, com óbvias implicações nefastas para a objectividade desejável de um ramo das ciências humanas.


Curioso é que tanto nas zonas nobres da cidade de Lisboa, como junto de pindéricas lojas do Minipreço da Margem Sul, observamos, durante todo o santo dia, o vaivém dos novos "criados finos", encobrindo uma nova escravatura, promovida a um "must" moderno, chique e indispensável.

Não confundamos conceitos tão básicos como a dignidade humana com preceitos bacocos de liberalismo sem freios.

Post de HMJ

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Apontamento 18: A Escravatura na "Merkolândia" em época de eleições



A formação humana, os princípios éticos e a elevação mental ao serviço do bem comum são, embora em regressão na educação para a cidadania, as faculdades mais prementes na defesa da democracia.
Já há algum tempo que tenho acompanhado – embora de forma dispersa e em jornais menos alinhados e livres – notícias preocupantes sobre a escravatura (sem aspas!) na “Merkolândia”. E porque ainda acredito numa percentagem razoável de Alemães que, tanto como eu, se revoltam contra o lado negro do “milagre alemão”, feito de trogloditas disfarçados de empresários de sucesso, remeto, para quem consiga ver, a reportagem em: www.ardmediathek.de, escolhendo o tema: Deutschlands neue Slums.
Ficamos, então, a saber que o senhor Clemens Tönnies, com o seu ar limpinho e socialmente empenhado na sua cidade – pretendendo esconder, certamente, o ar burgesso que não consegue disfarçar – é dono de uma indústria de transformação de carnes, que subcontrata uns e outros para limpar as suas mãos de uma prática de escravatura em pleno Século XXI, sediada na Alemanha. Recorrendo a esquemas sinistros para a contratação e “instalação física” de cidadãos búlgaros, vai alimentando a sua indústria e não sei quantos alemães que, porventura e ingenuamente, continuam a comprar os produtos Tönnies e Tillmann’s.
O visionamento do vídeo acima mencionado esclarece-nos, também, sobre a cumplicidade das autoridades alemãs, e até europeias, perante o fenómeno gritante. A referida fábrica Tönnies ostenta até o selo de qualidade TÜV, embora a fábrica, em subcontratação, obrigue os operários búlgaros a horas de trabalho fora da lei, mais liberal, da Alemanha, podendo atingir as 15 horas seguidas, segundo a reportagem da Televisão Alemã ARD.
Conjugando o “mal-estar” que me provocou o encontro com a realidade da “Merkolândia” em plena campanha eleitoral, com outro vídeo sobre os efeitos nocivos da “fuga de impostos” pelas grandes empresas – como o nosso Pingo Doce e quejandos – www.ardmediathek.de  (Wie Konzerne Europas Kassen plündern) – reforçou-se uma convicção. Perante este tipo de notícias, e atendendo à escolha de comércio tradicional que ainda temos, cabe ao consumidor fazer a sua opção de cidadania, quotidianamente, recusando, de todo, comprar os produtos de semelhantes mafiosos.
Infelizmente conheci, lá e cá, muitos senhores à laia de Clemens Tönnies, alguns disfarçados em “amigos dos Portugueses”, mas também recebi a educação humana e cívica suficiente para saber distinguir o “trigo do joio”. E escravatura no Século XXI é uma realidade revoltante.

Post de HMJ