O último TLS, em texto de contracapa, começava por afirmar que 2010 teria sido o ano dourado dos blogues - depois aconteceu a queda gradual. Provavelmente isto terá sido a realidade, na Inglaterra. Que não em Portugal (somos mais demorados...), pelos meus modestos dados. O pico máximo de visitas ao Arpose ocorreu em Janeiro de 2013, com uma média de 340, tendo atingido o recorde a 24/1/13, com 360 visitantes. O decréscimo dá-se a partir daí, tendo estabilizado no último ano com uma média relativamente constante de 67 visitantes/ dia e cerca de 2.040/ mês.
A visualização de páginas, no entanto, é incomparavelmente maior: 12.674 de média mensal. São os visitantes toca e foge... A perda de influência dos blogues deve-se à crescente popularidade do feicebuque e instituições quejandas, só comparável, em território nacional, ao afecto que desperta o nosso PR. É a vitória da simplicidade, do róseo e leve, do descomplicar, do amável sem consequências, do sentir sem pensar muito, em suma, do like global, que todos entendem e podem comungar, com ou sem fé, de olhos fechados, sacralmente.
No meio desta altura do mundo, em que os blogues são mera circunstância quase obsoleta, há, para quem os trabalha diariamente, e com alguma seriedade, de vez em quando, para lá dos raros comentários estimulantes, algumas pequenas surpresas. E cruas alegrias gratificantes.
O Arpose, por exemplo, recebeu hoje a primeira visita da Faixa de Gaza (via Ramallah, Palestine). Terá sido de algum palestiniano ou apenas de algum integrante de uma ONG local? Não sei.
Mas não há nada como desmistificar a imaginação. O(A) ilustre visitante veio consultar o poste intitulado O pastelinho de bacalhau, o copinho de três e as "search words", de 30/11/2011. Que tinha, por imagem, um sugestivo desenho de George Grosz.
Só espero que a visita tenha saído do Arpose suficientemente saciada e satisfeita!