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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Um poema de L. S. Senghor (1906-2001)


Tua carta minha carta

Tua carta minha carta, e se fosse impossível
Se Hitler se Mussolini, se a Rodésia a África do Sul, o parente português
Se se e mais se, mas nós temos o telefone branco
Não, o vermelho. Satélites rodando em torno da Terra-Mãe.
Se é que rodam mas que importa? Através dos negros espaços estrelados
Através do muros as cadeias de sangue, através da máscara e da morte
Temos o telefone da aorta: o nosso código é indecifrável.


(Tradução de Luíza Neto Jorge)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Bibliofilia 36 : Poesia 61



Creio que terá sido uma das últimas publicações colectivas portuguesas de poesia cujo título (Poesia 61) viria a definir e classificar este grupo de poetas. Cada um contribuiu com uma plaquette: Casimiro de Brito (Canto Adolescente), Gastão Cruz ( A Morte Percutiva), Fiama Hasse Pais Brandão (Morfismos), Luíza Neto Jorge (Quarta Dimensão) e Maria Teresa Horta (Tatuagem). O conjunto de pequenos cadernos, entre 16 e 24 páginas, era envolvido por uma capa com 1 linóleo de Manuel Baptista. A edição foi impressa na Tipografia Cácima, de Faro, em 1961.
A colectânea é rara. O meu exemplar, com as 5 plaquettes e capa, foi comprado em 1963 ou 1964, na Livraria Lácio, ao Campo Grande. Custou-me, na altura, Esc. 20$00.