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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Estão a curtir!...


A seca e as condições climáticas adversas deste ano de 2017 tiveram, como todos sabemos, consequências trágicas sociais em Portugal.
Bem como na agricultura, mas de diversa índole. Na região do Dão, por causa dos fogos monstruosos, perdeu-se grande parte da produção vinícola. Mas, por outro lado, no Alentejo e, sobretudo, no Douro, embora a colheita, nas vindimas, tenha sido antecipada e inferior à média, anunciam-se vinhos de grande qualidade, e prevêem-se algumas declarações de vintage no Vinho do Porto.
No plano doméstico, cá por casa, não podemos queixar-nos. O limoeiro da varanda a Sul, que perdeu, sem produzir frutos, todas as flores do Inverno, resolveu florescer pela segunda vez do ano, no início deste mês de Outubro, talvez pelas condições climáticas, e parece poder vir a dar 4 ou 5 limões, se tudo correr bem.
Mas o caso mais extravagante é que a pequena oliveira, da mesma varanda a Sul, mais do que duplicou a sua produção recorde, que estava em 49 azeitonas, no ano passado. No presente ano de 2017, a safra foi de 115 azeitonas rechonchudas e bonitas. Que (como se pode ver na foto) já estão a curtir!...

sábado, 10 de dezembro de 2011

O clima e a memória


Tenho a profunda convicção que a memória não retém, com grande rigor, recordações climáticas extremas ou muito adversas. No meu caso particular é pacífica e certa a recordação da neve: aos 7, aos 14 e aos 20 anos, sempre no Norte. O maior frio que senti, foi num Janeiro de Lisboa, no local onde hoje se erguem (nessa altura ainda não existiam) as Torres das Amoreiras, no princípio dos anos 80. Mas o vento mais gelado que me "atravessou", aconteceu nos anos 90, Agosto, em Blankenberge, praia do Mar do Norte, e à noite. Maior calor de sempre: uma chegada ao Algarve, Agosto de 1976 - mal se conseguia respirar.
Ultimamente, passamos 2/3 dias de "algodão", com nevoeiro a cercar-nos por todos os lados, qualquer coisa entre Bergman e Londres, criando situações que pareciam irreais. E recordei-me de uma noite memorável de Janeiro (ou Fevereiro) de 1977 (?). Vinhamos cinco pessoas, do Porto, e jantamos num pequeno restaurante que ficava junto do local, a norte, onde acabava a Pateira de Fermentelos. Saímos do restaurante, cerca das 22,00 horas. Entre S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, o nevoeiro era tão cerrado que o condutor do automóvel vinha com o rosto colado ao vidro da frente, tentando adivinhar o caminho. O parceiro do lado, vinha de cabeça de fora, dando indicações sucessivas. Os três que vinhamos atrás viviamos um constante sobressalto, inclinados para a frente. Quando chegamos a Lisboa já passava das 5,00 horas da manhã. Famílias, entretanto, preocupadíssimas...ainda não havia telemóveis.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Clima português


"Em tempo de Verão só conseguem suportar o lençol sobre o corpo e talvez deitem qualquer coisa sobre si por volta da madrugada, porque se torna mais frio. Se bem que os Invernos durem cerca de seis meses, ou dois meses de frio gelado, não existem, no entanto, lareiras nas casas, a não ser nas Casas habitadas por Famílias Inglesas."
(...)
"A Primavera é tão amena como em Inglaterra ou talvez mais, mas o Verão deles dura mais que o nosso, Têm bom tempo até ao fim de Outubro e as folhas permanecem nas árvores até muito tarde."
(...)
Ao longo do Verão têm uma brisa marítima que surge por volta das 2 da Tarde de oeste ou noroeste, ao longo de toda a costa portuguesa os ventos têm uma inclinação de noroeste durante 3/4 do ano. Se por acaso têm ventos de Este durante o Verão, provocam calores Excessivos." ...

Thomas Cox/Cox Macro, in Relação do Reino de Portugal - 1701.