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quinta-feira, 14 de julho de 2022

A evolução das rosas



Sem palavras, este esplendor, pelo calor infernal de Julho... 

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Adagiário CCCXXXVIII

 


1. Não há melhor amigo, do que Julho com seu trigo.

2. Quem trabalha em Julho, para si trabalha.

sábado, 27 de julho de 2019

Meteorologias


Manhã orvalhada, de presságios tristes para quem escolheu Agosto como seu tempo livre.
Saio para a rua, ridículo, em camisa e de guarda-chuva preventivo, irmanado com outros avisados transeuntes matutinos. A menos que haja um milagre, lá se me vão as leituras na varanda a leste...
Desasado, até a bica no Café me sabe a Outubro.

sábado, 1 de julho de 2017

Adagiário CCLXIV : Julho (8)


1. Quando Julho está a começar, as cegonhas começam a voar.

2. Por muito que Julho queira ser, pouco há-de chover.

3. Frio em Julho, abrasa em S. Tiago (25).

4. Julho claro como olho de gado.

sábado, 16 de julho de 2016

Instantâneos outrabandistas


1. A bandeira verde rubra, que tremula ao vento, vai desbotando ao Sol inclemente. Perdeu a euforia das cores mais vivas, esquecida cá fora, já inútil. Como a emoção se gastou, primária, de todo, terá agora de vir a renascer e de ir para outras coisas...
2. O trambolho loiro, massa informe de carne esbranquiçada, envolta no que parece ser um sumário roupão de praia donde ressaltam inúmeros refegos, desce lentamente as escadas. Vai juntar-se depois lá fora a três amigas mais velhas, no banco do jardim. Todas murmuram. Ou resmoneam?
3. Por toda a parte se procura a palavra mais ajustada. Ou mais justa ao sentimento da tarde. Mas mais vale esquecer a palavra, que as frases na sua dispersão própria de alma são sempre mais fáceis de encontrar. E os números estão sempre prontos a serem concretos.
4. Nuvens de branco, as 22 orquídeas, mais 11 promissoras, à direita. À esquerda, mais 9 amarelas pintalgadas do que parece ser sangue vegetal, por entre as sardinheiras. Mais catorze por desabrochar, ainda. Dois limões, envergonhados e minúsculos, escondem-se na folhagem pródiga do limoeiro alto.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Madrugada, manhã e andorinhas


Parece mais feliz e sereno o voo das andorinhas, esta manhã. Que não aquele bater de asas inquieto e nervoso, ziguezagueante, que lhes é habitual. O ar está fresco e quase desapareceu a névoa sobre o rio. Limpa talvez pela bátega que caiu, pelas quatro da manhã, e me acordou. Primeiro, o tropel violento do granizo fino, depois a cadência persistente da chuva ritmada, que nunca mais acabava...
O Sol tenta vencer as nuvens ralas, enquanto as andorinhas se abandonam à sua dança suave, em grupos pequenos de duas ou três. Zilram baixo. Algumas pombas preguiçosas, pelos telhados, parecem esconder a cabeça sob as asas. Das gaivotas invisíveis, apenas se ouvem, de longe a longe, os roncos dissonantes.
Composto o esboço, vou-me ao banho.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Adagiário CCLV : Julho (7)


1. Em Julho, boi no debulho.
2. Julho passado sempre foi melhor.
3. Pelo S. Tiago (25), cada pinga vale um cruzado.
4. Quem em Julho frio tiver, tem o juízo a arder.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Adagiário CCXXV : Julho (6)


1. Julho, debulhar.
2. Por Santa Marinha (18) vai ver a tua vinha.
3. Por S. Vicente (19) alça a mão da semente.
4. Julho fresco, Inverno chuvoso, Estio perigoso.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Adagiário CLXXXIII : Julho (5)


1. Em Julho, foice na mão.
2. Água de Julho, no rio não faz barulho.
3. Em Julho abafadiço, fica a abelha no cortiço.
4. Na Santa Marinha (18), vai ver a tua vinha, assim como a achares, assim a vindima.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Adagiário CXXXIV : Julho (4)


1. Pelo S. Tiago (25), na vinha acharás bago, se não for maduro, será inchado.
2. Geira de Maio vale os bois e o carro; de Julho os bois e o jugo.
3. Pela Madalena (22), recorre à tua figueira.

domingo, 1 de julho de 2012

Adagiário XCVII : Julho (3)


1. Por S. Tiago (25), pinta o bago.
2. Deus ajudando, vai em Julho mercando.
3. Por S. Vicente (19), toda a água é quente.
4. Gavião temporão, Santa Marinha (18) na mão.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cedo, na manhã de Julho


Do interior da janela, abro as férias ao cinzento. Há uma incomodidade neste frio inesperado de final de Julho, e esta troca de azul pelo escuro suscita um desconforto biológico e mental. Depois, na esplanada sem mar à frente, desdobro as páginas e leio, sobre Faulkner, umas linhas de crítica avulsa e breve. Hesito se devo levar, para o interior do café donde os trouxera, a chávena com o pires e o copo da água, já vazios. Há mais chávenas vazias pelas mesas abandonadas. O empregado virá buscar, com certeza, com a bandeja (se for redonda?) ou o tabuleiro (se for rectangular?), a louça usada e suja, para a lavar, no interior.
Uma pá metálica arrasta-se pelo chão, num ruído agressivo e desagradável, levando areia grossa de um lado para outro. Levanto-me e regresso. Há que fazer qualquer coisa pelo dia...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Na varanda a leste, mas com frio

Há fiapos finos de nuvens brancas, que vão ficando róseas, pouco a pouco. Confundem-se com o rasto de dois (?) aviões a jacto que terão passado, ao final do dia. As árvores pequenas, a sudeste, são fustigadas pela nortada e, flexíveis, vão-se inclinando como se numa dança cerimoniosa e estranha. Ainda consegui ver, quando cheguei, dois dos três peneireiros no regresso ao ninho. Recolhem sempre muito cedo.
As crianças ululantes ainda jogam à bola e já são quase nove horas da noite. Estão nisto, pelo menos, desde as 19,30 hrs.. Pais que chegam tarde dos empregos?, dieta forçada contra a obesidade, nos subúrbios?, desleixo ou esquecimento dos progenitores? Seja como for, não é comigo: tenho é que suportar os seus gritos frenéticos e os palavrões - que mal fiz eu ao mundo?
A lua crescente tem um halo baço à volta, mas vê-se bem. Passa um matilha de 3 cães vadios, ou abandonados, lá em baixo. Deve ter começado o desamor, por causa das férias e pendências. Ou da crise. Já por aqui tivemos, em tempos, uma matilha de 9 molossos e rafeiros: impunha respeito, indisciplinada e esfomeada como era, e ameaçadora. Os irlandeses, quando começou a crise deles, abandonaram os cavalos, que tinham comprado no tempo das vacas gordas. Eram aos milhares, e foram morrendo de fome, ou abatidos a tiro pelas forças policiais.
O "aladino" abriu os olhos às 21,17, anunciando o escuro da noite. (Vou para dentro, que está frio e, senão, ainda me constipo, se não me agasalhar.) Das 8 crianças ululantes e desportivas, a princípio, já só restam 2 a jogar à bola: os pais devem trabalhar longe daqui...ou ter-se-ão esquecido delas? Enrola-se-me a memória noutros destinos e passados. Está realmente muito frio para um Julho português. Deve ser da crise.

domingo, 10 de julho de 2011

Esta noite


Ainda o mês não vai a meio e os dias a fingir que ainda podem crescer. Talvez por causa da luz de Julho, que tem sido parca e avara. Mas hoje, não, chegou a ser generosa e perdulária. Integrar uma partida antecipada requer uma lógica seca, imune a sentimentos e memória. Um estoicismo de bom senso e isento, que saiba mondar os adjectivos da alma e abra as portas apenas para a luz do dia. Que saiba levar consigo, unicamente, o que nos cabe nos bolsos e nos dedos. Para a terra nos levarão o corpo frio e as roupas mais finas. Em poucos anos, ficarão farrapos, os ossos limpos e brancos. Ou cinzas dispersas se, em vez da Terra, preferirmos o Fogo. "Andar, andar que um poeta/ não necessita de casa..." - já aqui citei este poema de Cecilia. Por outras razões, porém.
No entanto, esta noite vai nascendo bem bonita. Crescente, a lua que não consigo ver. Vou até à varanda, beber a última luz do dia, pelos olhos cansados. Os abetos, tranquilos, mal se movem, à brisa ligeira.

Lj.,10/7/11.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Adagiário XLV : Julho (2)


1. Em Julho, reina o gorgulho.
2. Pela Sta. Marinha (18),  vai ver a tua vinha, assim como a achares, assim na vindima.
3. Pelo S. Tiago (25), na vinha acharás bago, se não for maduro, há-de ser inchado.
4. Por Santa Ana (27), limpa a pragana.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Parabéns! Braga, 5 de Julho de 1970, 12,35hrs.



Os anjos não modificam
sua voz ou estarmos
dentro de nós para sempre.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Adagiário IX : Julho



1. Julho, o verde e o maduro.
2. Julho quente, seco e ventoso, trabalha sem repouso.
3. Na Santa Marinha (18), vai ver tua vinha, assim como a achares, assim na vindima.
4. Em julho, ceifo o trigo e o debulho e em o vento soprando, o vou limpando.