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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Registos

 


De Eugénio de Andrade (1923-2005) eu poderia lembrar dois percursos reais. Do Porto e pedestre, da rua Duque de Palmela até ao Café Majestic. Em Lisboa, do Café Canas, de táxi, para a travessa das Mónicas.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Revivalismo Ligeiro CCCXXVII


Além da canção Penina (1968) que resultou da passagem de The Beatles (Paul McCartney) pelo Algarve, ficou também este Ciao, Porto, muito obrigado (1960), da estadia e exibições de Marino Marini (1901-1980) e do seu conjunto pela Invicta. Recordo que, apesar da pobreza ou simplicidade da melodia e letra, esta música, nos anos 60, era até muito tocada em bailes de província, pelo menos, e entre os adolescentes da época.

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Uma louvável iniciativa 65



A notícia é dos jornais, e saúda-se efusivamente: a região do Porto "vai executar plano de controlo de gaivotas nos municípios costeiros."
Cá pelo Sul, o sr. Moedas deve estar mais preocupado com a Web Summit, a menos que algum pássaro bisnau lhe despeje alguma coisa em cima, de presente...

sábado, 23 de dezembro de 2023

Ideias fixas 83


Ninguém me tira da ideia que a Escola Alemã, no Porto, tem a sua equivalência alfacinha no Liceu Charles Lepierre, a Sul, por amplos motivos culturais, embora muito diferentes...

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Recomendado : noventa e nove

 

Volto a referir desta vez e recomendar este número 6, e último, de O Porto Literário, saído hoje, com o jornal Público, bem como um proveitoso e anexo mapa da Invicta. E, se mais não fosse, pela excelente introdução Passeio pelo Porto literário (século XX), resenha sucinta, mas essencial e competente, da Professora Isabel Pires de Lima (1952).

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Uma louvável iniciativa 64

 


O jornal Público tem vindo a editar, quinzenalmente, uns originais livrinhos com temas literários portuenses, abordando assuntos diversos. O mais recente (3) foi dedicado aos cafés literários da cidade Invicta. Só anotei uma falta: a do Café Aviz (referido apenas de passagem), que costumava abrigar jovens universitários. Mas não faltava o Café Ceuta, onde almocei algumas vezes uns bons bifes à Ceuta, nem o celebrado Café Majestic, na rua de Santa Catarina, onde entrei pela primeira vez, em meados dos anos 60, na companhia de Eugénio de Andrade, que para lá me encaminhou.
O preço módico dos voluminhos e a sua impressão singular convida-nos a fazer a sua colecção.
Com curadoria e organização de Luís Gomes, alfarrabista residente em Óbidos, o próximo volume (4), a sair na Terça-feira (24/10), tem como título e tema O Porto dos Poetas.

sábado, 15 de julho de 2023

Fernando Guimarães (Porto, 1928)



Tenho para mim - teoria subjectiva, claro - que a produção de qualidade dos poetas raramente atinge a sua velhice, ao contrário dos pintores e dos romancistas. Há excepções, porém, e Sá de Miranda é um bom exemplo.
Sobrevivente dos grandes poetas nascidos no século XX, portuense, Fernando Guimarães (1928), acaba (Fevereiro) de publicar mais um livro, aos 95 anos. De boa e inovadora qualidade, pelo que já li (pg. 26).

sexta-feira, 10 de março de 2023

Últimas aquisições (44)



Veio ontem ter comigo, em boa hora e da editora Modo de Ler, a obra A Cidade de Eugénio (2012), que o mesmo é dizer: o Porto. Mais do que a prosa dos textos, é a beleza das fotografias de João Menéres (1934) que nos seduz, descobrindo espaços e recantos que não teríamos decerto achado, ainda que no rasto de Eugénio de Andrade (1923-2005), que por lá viveu, uma grande parte da sua vida.



terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Pinacoteca Pessoal 191



A propósito da obra de Augusto Gomes (1910-1976), dizia o poeta Eugénio de Andrade que: ...antes que cante, o pássaro solar que todo o artista tem dentro de si exige uma longa, infinita paciência. Em Augusto Gomes a espera durou anos e anos...
Ainda que tivesse sido assim e a maturidade tivesse tardado, a sua obra é ampla, na minha perspectiva.




Nela podemos surpreender, desde uma frescura e um lirismo que nos pode aproximar de Florença e Botticelli, como no desenho a tinta da china "Jovem com dedo na boca" (1953); como também nos suscitar influências soviéticas da arte musculada realista nos seus pescadores e mulheres do norte beira-mar, dos anos 40, que nos irão encaminhar, talvez depois, para uma plena maturidade artística.








domingo, 30 de outubro de 2022

Géneros e geografia



A leitura deste pequeno excerto do cineasta e jornalista Leitão de Barros (1896-1967), inserto numa crónica do Diário de Notícias, do último dia do ano de 1955, que passo a transcrever, suscitou-me algumas pequenas reflexôes de índole diversa. Segue o texto: 
"O Porto, aconchegado no seu grande capote de granito, fumegando, independente, no cacimbo dos seus nevoeiros, voltado aos contraluzes prateados do Douro, é a mais vetusta e máscula cidade portuguesa. Nenhuma o suplanta ou iguala nesse sentido de veteranidade solene que irradia das suas pedras puídas pela ventania dos séculos."
Ora, se exceptuarmos o Funchal - creio -, apenas a Cidade Invicta, das urbes nacionais, ganhou o estatuto de género masculino. Mas, se alargarmos a ideia à geografia, na Europa, esta ciência também privilegia o género feminino para as cidades e até mesmo para países. Apenas me lembro do masculino Luxemburgo e do Reino Unido (embora da feminina Inglaterra). Curioso, pelo menos.
Qualquer dia, se calhar, os devotos LGBT ainda se lembram disto...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Formas de amizade


Às vezes e por coisas minúsculas lembrámos os amigos, que nos foram mais próximos e já desapareceram para sempre. Paisagens que eles nos deram a conhecer, refeições que partilhámos juntos e de ameno convívio em sítios improváveis, palavras que nos trouxeram por materna origem, frases que nunca mais esqueceremos, gentilezas e generosidades em que eles eram únicos.
Se não fosse o António, haveria recantos obscuros do Porto que eu nunca teria conhecido. Foi ele que mos deu a gostar e a ver. Ao lembrar-me de Lavadores e da Afurada, ele veio à minha presença virtual...

domingo, 23 de janeiro de 2022

Memorabília (20)

 

Longa vida teve e nobre fama esta revista O Tripeiro dedicada à cultura, história e interesses da cidade do Porto. Embora pontuada de algumas interrupções, publicou-se de 1908 até 1993, contando 47 volumes, na totalidade, que a In-Libris vendia, há tempos, por 2.500 euros. O título é pertença, hoje,  da Associação Comercial do Porto. A revista teve uma distinta série de colaboradores que iam, quanto a textos, de Alberto Pimentel a Cláudio Basto, passando por Ramalho Ortigão, e, na iconografia,  António Carneiro, Dórdio Gomes, entre muitos outros artistas.
Tenho na minha biblioteca, apenas 4 números de: 1947, 1963, 1968 e 1970. Todos eles interessantes.



quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Idiotismos 48

 

Não estou seguro de que o termo idiotismo se aplique com inteira propriedade a este poste.
Acontece que provámos, há dias, as primeiras rainhas-cláudias deste ano. Dulcíssimas e muito boas, este pequeno fruto é chamado, no Norte, também e de forma menos aristocrática - ameixa-carangueja. Não é caso único esta variação geográfica que tem nomes diferenciados. Se os pastéis de nata (ou de Belém) assim são chamados em Lisboa, no Porto são conhecidos por tigelinhas.




E há ainda outro caso ainda mais insólito. Creio que toda a gente conhece, no Sul, e quase todos apreciam as nêsperas que, na zona vimaranense e até no Porto, por vezes, são chamadas magnórios, enquanto que nêsperas, fruto autóctone (?) minhoto, é um fruto escuro ligeiramente ácido, um pouco farinhento, que costuma amadurecer por Novembro, e com este aspecto:


E posso acrescentar que não é muito apetitoso, nem tem grande sabor...

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Balanços



Termino, algo defraudado (excepto pela qualidade da escrita), a desfolhada de Lettres à Anne (Gallimard, 2016), nas suas 1.280 páginas. Mas de que é que eu estava à espera? Segredos do poder, confidências demasiado humanas, retratos inescapáveis de alguns homens públicos? Nada disso aparece, as cartas de François Miterrand são inócuas, quase diria, cuidadosas, talvez por precaução futura ou para não enfastiar a jovem enamorada (Anne Pingeot) com aspectos políticos ou com minudências burocráticas do estado. Inesperadamente, nem sequer encontrei referências a Mário Soares. E, quanto a Portugal, apenas aparece um curto apontamento favorável sobre o Porto (pg. 1116), no dia de S. João, de 1977.



Retive alguns sinais do gosto pessoal de ambos, ou de cada um, através de uma notação cinéfila: Les Parapluies de Cherbourg (Jacques Demy), na página 323. E quanto à música clássica as referências abundam. No que diz respeito à música ligeira, não consegui saber qual era a interpretação preferida da canção Anyone who had a heart (Cilla Black?, Dionne Warwick?, Dusty Springfield?). Resta-me a consolação indubitável de que Je chante pour passer le temps, poema de Aragon, refere certamente a versão de Léo Ferré, que aqui fica.




terça-feira, 30 de março de 2021

Filatelia CXLII

 


O estudo de marcas postais e cartofilia, do ponto de vista filatélico, é uma das temáticas mais fascinantes do coleccionismo. Permitindo, através de uma investigação apurada, concluir alguns factos muito diversos. Esta carta, em imagens, circulada há pouco mais de 150 anos (21 de Março de 1871), entre o Porto e Guimarães, atesta-nos a eficiência e rapidez dos serviços de Correio portugueses, na altura. Expedida da cidade Invicta, a 21/3/1871, por Jozé Martins Fernandes, foi recebida, no mesmo dia, na Cidade Berço, pelo irmão, Francisco Martins Fernandes, comerciante de solas e cabedais, na Rua Nova do Muro (hoje, Rua Egas Moniz ou Rua Nova apenas, creio).



Franqueada, a carta, com a taxa de 25 réis, selo da série de D. Luís, fita direita (1870-76), carmim rosa (nº 40, de catálogo), com o denteado de 12 e 1/2, foi batida com o carimbo numerado 46 (Porto) de barras interrompidas. O teor da carta, entre os dois irmãos, é de natureza comercial. E relata o ajuste de negócios na compra de sola, com um representante da família Cálem (hoje, mais dedicada ao Vinho do Porto), produto esse que oscilava de preço, em 1871, por entre 210 e 230 réis, com prazo de pagamento de 4 meses.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Lang e Tati


A meio termo entre Metropolis (1927), de F. Lang, e Há Festa na Aldeia (1951), de J. Tati, ficaria talvez a Aldeia da Roupa Branca (1939), de Chianca e Beatriz, que poderia ser o aeroporto Sá Carneiro, no Porto, por onde também passámos, antes de regressarmos a Lisboa, provenientes, desta vez, do Luxemburgo.
O aeroporto da capital do Grão-Ducado reconciliou-me com o mundo das viagens aéreas, pela sua pacatez e dimensão humana, pelo seu serviço simpático. Sobretudo, depois de passar pelo inferno sofisticado e kitsch de Frankfurt, que me lembrou Fritz Lang ou, à volta, pela canhestrice lusitana mal-educada e parola das tias tripeiras da TAP-Porto, no check-in.
Foram quase duas horas luxemburguesas de cidade de província, com todos os aconchegos felizes, essas que nos repousaram e robusteceram de esperança, humanidade e fé nos outros, enquanto esperávamos o avião que nos traria de novo para Portugal. A destoar, apenas um bando de jovens africanos, acantonados em local à parte, que pareciam esperar a deportação - mas o mundo não é perfeito, já o sabíamos.

domingo, 29 de setembro de 2019

Memorabilia (4)


Estas vinhetas, vendidas com o objectivo de subsidiar acções profiláticas, lúdicas, de caridade ou outras, tinham normalmente vida efémera, acompanhando selos dos CTT, na correspondência.
De apoio aos tuberculosos (1943 e 1947) e para publicitar a Queima das Fitas (1961), no Porto, aqui ficam em imagem, para que constem, três tipos diferentes.

Nota pessoal: creio que a personagem maternal e régia, da segunda vinheta em imagem, representa a rainha D. Amélia (1865-1951), esposa do rei D. Carlos.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

A propósito de leilões


Como grande parte das visitas que frequentam o Arpose vive em Portugal, uma exposição ou um leilão no estrangeiro serão, na maior parte dos casos e naturalmente, acontecimentos sem grande interesse directo - convém não esquecê-lo, em nome da realidade linear e objectiva. E, embora as viagens, hoje em dia, estejam ao preço da uva mijona e se note esse facto pela quantidade de turistas de alpergatas de plástico que nos visitam, nem todos se poderão deslocar a Berlim, Paris ou Londres, e muito menos a Nova Iorque, para assistir a um leilão de arte ou de livros, bem como para ver, com facilidade, uma exposição importante de um artista célebre, que por lá ocorra.

Seja como for, dentro de dois dias (26/9/2019), a Forum Auctions leva a efeito em Londres um importante leilão de manuscritos, incunábulos e  livros modernos, em primeiras edições.
Não tenho ilusões que grande parte das licitações serão feitas, não por amor ou paixão pela literatura, mas simplesmente por um mero acto racional de investimento que procura, em poucos anos, tirar lucros significativos na venda seguinte.
Se Dubliners, de James Joyce, ocupa, na sua edição original (1914), o lote 135, com uma estimativa de venda entre £ 100.000/ 150.000, valor que me não escandaliza excessivamente, que dizer do lote 148, Harry Potter and the Philosopher's Stone (1997), de J. K. Rowling, que aponta para uma venda previsível de 20.000 a 30.000 libras?

Quando o Orlando, na sua primeira edição (1928), de Virginia Woolf (lote 158) vai apenas a umas míseras e previsíveis £ 400/ 600, neste leilão da Forum Auctions...
Será que nenhum dos conhecidos tripeiros amigos da sra. Rowling, do tempo em que ela viveu no Porto, possui aquela edição do Potter com dust jacket?
É que seria uma boa altura para a pôr a render ou a trocar por um Porto Vintage, de qualidade imbatível e inalterável, até se abrir...

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Uma fotografia, de vez em quando... (131)


Aurélio Paz dos Reis (1862-1931) foi um dos grandes entusiastas e talvez o mais conhecido pioneiro do Cinema em Portugal. Portuense, republicano convicto e maçom, dedicava-se à floricultura nos terrenos e horto de sua casa, explorando no centro da cidade uma loja de venda de flores, com resultados compensadores para a sua sobrevivência financeira e de sua família.


Uma ida a Paris pô-lo em contacto com as primeiras tentivas de cinema em França que, depois de adquirir material, ele quis também ensaiar em Portugal. Ainda se deslocou ao Brasil, pelo mesmo motivo, e onde os resultados acabaram por não ser animadores. A partir daí a sua actividade restringiu-se apenas ao campo da fotografia. A inauguração da Livraria Lello, no Porto, foi fixada por A. Paz dos Reis, em Janeiro de 1906.


domingo, 16 de junho de 2019

Uma louvável iniciativa 54


Com apoio mecenático de algumas instituições nacionais, decidiu, em boa hora, a Casa de Serralves (Porto) editar um interessante guia de bolso que permite identificar, para quem não saiba, as diversas espécies que povoam os seus jardins.
Num design caprichoso, mas elegante, dele constam árvores e arbustos, aves e animais terrestres, insectos e répteis, numa profusão multidisciplinar, sempre acompanhada do desenho das espécies, assim como de breves descrições das mesmas.


Útil e culturalmente informativa, esta louvável iniciativa merece destaque e o nosso aplauso.

com agradecimentos a A. de A. M..