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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Lembrete 75

 



Para quem goste de poesia. Ou considere, naturalmente, a obra de Alexandre O'Neill, daqui lembramos que o JL dedica 7 páginas do seu último número ao Poeta. Cujo centenário do nascimento se completa hoje.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Pelo centenário de Eugénio de Andrade (1923-2005)

 

Passam hoje, precisamente, cem anos  sobre o nascimento de Eugénio de Andrade na Póvoa da Atalaia.
Poeta maior da nossa literatura, tive o gosto de o conhecer pessoalmente e com ele trocar correspondência. A ele devo o começar a ter lido Guimarães Rosa, romancista que ele me recomendou por volta de 1968. Mas também o facto de começar a ter mais confiança nos poemas que ia escrevendo.




Esta carta inédita, que publico hoje no Arpose, e que data de 2 de Maio de 1967, refere um pequeno poema de Eugénio de Andrade, que veio a ter um outro título (Nocturno da Água) quando publicado em livro (Ostinato Rigore), depois de ter saído inicialmente em revista. Aqui o reproduzimos na versão final.

Pergunto se não morre esta secreta
música de tanto olhar a água,
pergunto se não arde
de alegria ou mágoa
este florir do ser na noite aberta.

Deixo este meu pequeno contributo em memória de Eugénio de Andrade, pela passagem do seu centenário.

domingo, 17 de outubro de 2021

Memorabília (19)



Em tempos, que hoje me parecem imemoriais, adquiri na rua do Alecrim, nº 44, em Lisboa, ao alfarrabista sr. Tarcísio Trindade (1931-2011), um conjunto  dos 12 primeiros números da celebrada revista Seara Nova, encadernados pela própria empresa. O lote custou-me Esc. 1.200$00, modestos.




Gradualmente, e a pouco e pouco, fui comprando, creio que no mesmo local, alguns outros números soltos da revista, sempre dos mais antigos. No grupo se inseria o nº 51, de 15 de Agosto de 1925, que tem uma capa impressiva, curiosamente e quando nada o fazia prever, do escritor José Rodrigues Miguéis (1901-1980).
Este poste acaba por ser uma parceria geminada com outro poste de MR, no seu Prosimetron, que celebrou, na altura própria (15/10/2021), o centenário da famosa revista portuguesa.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Memória 138

 


É uma fotografia icónica que reúne os fundadores da importante revista Seara Nova. Lá estão Raul Proença, Aquilino Ribeiro, Jaime Cortesão, Raul Brandão, entre outros. Passa este ano o centenário do seu número inicial, posto à venda a 15 de Outubro de 1921. O meu primeiro exemplar comprado é de 1964 (nº 1430). Pedrada no charco, em tempos de ditadura, a revista abordava, subtilmente, temas políticos, literários e cultura, de uma forma geral. E teve sempre um conjunto notável de colaboradores.



quinta-feira, 30 de julho de 2020

Memória 136


Ainda bem que o jornal Público, de hoje, pela voz escrita do jornalista Viriato Teles, nos lembra Mário Castrim (1920-2002), na véspera do dia de centenário do seu nascimento.
Ao contrário do que pensava quem não o conhecesse pessoalmente, a imagem que dele passava era a de um intransigente agressivo, pelas suas diárias críticas de televisão.
Nada mais errado. No contacto directo, era um homem afabilíssimo, sabia ouvir, flexível nas coisas que não pertenciam ao núcleo duro daquilo que eram as suas convicções mais íntimas e profundas.
E, na sua simplicidade, cultura, sentido crítico apurado era, também, um grande pedagogo. Que faz muita falta, sobretudo hoje, em que estas qualidades ou virtudes são inexistentes ou residuais...


Um abraço amigo à Alice, se por aqui passar, por mero acaso.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Lembrete 75


É o centenário. Passam hoje, exactamente, cem anos que nasceu o escritor Ruben A. (1920-1975).

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Citações CDXX



A poesia não me pede propriamente uma especialização pois a sua arte é a arte do ser. Também não é tempo ou trabalho o que a poesia me pede. Nem me pede uma ciência, nem uma estética, nem uma teoria. Pede-me antes a inteireza do meu ser, uma consciência mais funda do que a minha inteligência, uma fidelidade mais pura do que aquela que eu posso controlar. Pede-me uma intransigência sem lacuna.

Sophia Andresen (1919-2004) in Arte Poética II.

sábado, 2 de novembro de 2019

Carta inédita de Jorge de Sena


Passam hoje 100 anos sobre o nascimento de Jorge de Sena, em Lisboa, a 2 de Novembro de 1919.
A adolescência ou é atrevida e irreverente ou não será autêntica juventude. Da maturidade, há que esperar alguma recatada e avisada prudência, como é natural.
Foi assim que, há 49 anos, em Março de 1970, eu tive a ousadia de me dirigir ao catedrático e poeta, na altura radicado nos Estados Unidos, e informá-lo de umas traduções, em castelhano, de 5 poemas de Cavafy, feitas por José Ángel Valente*, que não constavam da bibliografia** do livro 90 e mais Quatro Poemas de Constantino Cavafy  (1970), que Jorge de Sena (1919-1978) publicara pouco antes (Editorial Inova, Porto).


A resposta foi rápida e o agradecimento generoso. Mais tarde, acabei por enviar a Sena cópia dos poemas traduzidos por J. Ángel Valente. Que o Poeta veio também a agradecer, numa segunda carta, que consta do arquivo do Arpose, em poste publicado a 2 de Novembro de 2010. E por aqui ficou a nossa breve troca de mensagens. Esta primeira carta mantive-a inédita, a pedido (1989) de Mécia de Sena (1920). Hoje, julgo que nada justifica não a tornar pública.


Sendo que me parece a melhor forma de lembrar e de homenagear Jorge de Sena, neste centenário do seu nascimento, através das suas palavras, ainda que escritas.


* insertas na  Revista de Occidente, nº 14, Madrid, Maio de 1964.
** na segunda edição do livro (Centelha, Coimbra, 1986), a bibliografia foi acrescida do trabalho de José Ángel Valente, de que eu tinha informado Jorge de Sena.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Para uma bibliografia exaustiva de Jorge de Sena


Este pequeno texto (4 páginas) de Jorge de Sena (1919-1978), escrito, tinha ele somente 24 anos, será um dos iniciais, se não o primeiro, a aparecer impresso numa publicação com alguma difusão nacional.
De Outubro de 1937 a Fevereiro de 1938, Sena integrou, como cadete da Escola Naval, a tripulação do navio-escola Sagres, que o levou a um périplo pelas (então) colónias portuguesas de África.



É, seguramente, dessa viagem marítima que o Poeta de Fidelidade veio a retirar os tópicos principais para o seu texto A Ilha que perdeu o Equador que viria a publicar mais tarde (Maio de 1944), no número 125 da revista O Mundo Português. Recordações de infância, ligeiras efabulações e a Ilha de S. Tomé constituem a base deste texto juvenil de Jorge de Sena.
E que penso não constar da bibliografia oficial e conhecida do Poeta, cujo centenário de nascimento este ano se comemora.