Da brumosa manhã não se consegue dobar uma ideia. Como do exterior, o interior é vago, circunscrito e orientado para pequenas tarefas domésticas, mecânicas, que não exigem novos planos ou uma planificação mental excessiva. Só o ordenar das palavras, agora, obriga a alguma reflexão prévia, uma articulação de dados mais precisos, uma intuição de vocábulos a haver, um caminho para sair do nevoeiro. Ou, melhor, da bruma instalada que, do exterior, por osmose, veio ocupar o interior, numa empatia indesejada, embora mansa e nada incómoda. Neste vagar do ser.
Boa noite!
Há 9 minutos