Mostrar mensagens com a etiqueta Ernesto Che Guevara. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ernesto Che Guevara. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Com pouca ironia


Quase todos os revolucionários têm prazo de validade.
Causa sempre alguma incomodidade, para não dizer desagrado, ver um combatente da liberdade engordar, encanecer, amodorrar, em suma: envelhecer. Valha a verdade que não se pode andar a fazer revoluções toda a vida, nem faz bem à saúde. O caminho mais respeitável para um revolucionário, na velhice, é consagrar os últimos anos a reflectir, escrever memórias ou, até, teorizar as revoluções que outros poderão vir a fazer - parece-me justo. Nem todos têm a sorte de Simón Bolivar (1783-1830) ou de Ernesto Che Guevara (1928-1967), que morreram jovens e na força da idade, deixando o mito.
Mas pode-se, sempre, envelhecer com inteligência e dignidade. A Isabel do Carmo, perguntou o "Expresso": "Se alguém lhe disser que agora é que se justificava uma acção bombista o que é que responde?"
A antiga dirigente das PRP-BR, respondeu: "Dizem-me isso, quase todos os dias. Seria ineficaz e/ou contraproducente. Hoje, a ditadura é global, é financeira, baseia-se em dinheiro virtual e em pobreza. Uma bomba informática que apagasse as fortunas do ecrã, dívidas, juros... Que pena eu não saber fabricá-la! Mas tenho esperança."