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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Para o mago Gaspar



Da homonímia não se livra, resta saber se tem os poderes mágicos para travar o que alguma imprensa, hoje, anuncia, a saber, o "apertar do cerco" à fraude fiscal. 
Tendo acompanhado o que, nesta matéria, se passa na Alemanha, não aconselho que o nosso mago siga o caminho do Ministro Schäuble, negociando um contrato com a Confederação Helvética (CH), porque parece conceder um perdão parcial aos infractores.
O caminho, até agora mais contestado, foi o de diversos Estados Federados, nomeadamente do Norte da Vestefália, na compra de uns suportes electrónicos (vulgo cd's) com dados dos infractores. 


A última aquisição de um cd-rom, provocando as ameaças da Suiça na concretização de um acordo global com o Ministro das Finanças alemão, não apenas parece ter revelado algumas habilidades na transferência de capitais para praças da Ásia, como já provocou a "auto-denúncia", em número considerável, de infractores, na esperança de uma eventual anulação de um processo crime.
Ao que parece, os infractores não se livram nem de um perdão dos impostos a pagar, nem de um processo crime.
Ainda bem, porque outro qualquer fugitivo se sujeita a um procedimento judicial.
Por cá, ainda andamos a onerar o contribuinte e comprador com distinções falaciosas entre recibos e facturas. Alguma vez, um viajante, ministro ou comentador televisivo, pediu uma factura de um café que bebeu por esta Europa fora ? E os recibos que nos dão, diariamente, para que servem ?
Sugere-se, portanto, nestas como noutras questões, que o Estado se concentre no essencial e não gaste as suas energias em pormenores ridículos.

Post de HMJ

sábado, 11 de agosto de 2012

O cinismo da Confederação Helvética (CH)


Não tenho, à partida, nenhuma aversão aos habitantes da CH, porque não os conheço. Os falantes de uma das suas línguas - o suiço-alemão - não os percebo, como não entendo certos dialectos do Sul da Alemanha. Deve ser a mesma sensação como um Português do Continente ser colocado, p. ex. como professor, numa escola em Rabo de Peixe, nos Açores. No papel, parece que falamos todos a mesma língua, mas na prática não percebemos patavina. Pelo menos eu.
No entanto, tal facto nunca impediu que gostasse, desde cedo, da obra de um Max Frisch, preferindo o escritor de Zurique a Dürrenmatt, para citar apenas dois suiços que, na altura, se recomendavam para leitura escolar e não só.
Com efeito, quando falo do cinismo da CH não me refiro a um universo linguístico-literário, mas, pelo contrário, ao "descaso moral" e político suiço, passado e presente. Vem isto a propósito de uma frase, cínica, da Ministra das Finanças Widmer-Schlumpf, afirmando que "não queremos fortunas estrangeiras não taxadas" (!) 


Ora, tal afirmação surge na sequência da compra de determinados dados - em formato cd-rom - sobre a fuga de capitais da Alemanha. Uma compra recente, por um dos Estados Federados da Alemanha, levantou a suspeita de lavagem de dinheiro e dinheiros desviados para praças da Ásia. 
Tanto os negócios ocultos que a Ministra suiça pretende negar como o seu apelido fizeram-me recordar um boneco - homónimo em alemão: Schlumpf (em Português: strumpf) - que se tornou objecto de colecção na Alemanha. Escolhi este que me pareceu adequado ao cinismo que encobre este como outros destinos de fuga dos capitais.

Post de HMJ