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domingo, 28 de março de 2021

Memorabília (8)


A memória da juventude não se apaga. Desde que se deixem sinais ou pistas identificadas: José Cardoso Pires (1925-1998), fotografado pelo escultor João Cutileiro (1937-2021), no ano de 1959. Em Londres.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

João Cutileiro (1937-2021)

 


A beleza não morre. Ainda que o tempo a possa destruir, a memória humana há-de sempre lembrá-la.




terça-feira, 7 de novembro de 2017

A propósito de um busto, numa rua de Londres


Convivo mal com a estatuária portuguesa actual. E tenho que recuar largos anos para encontrar algumas esculturas de que gosto, normalmente figurativas, sendo que duas ou três são de João Cutileiro (1937). O problema será porventura meu que, não sendo especialista, me guio apenas pelo meu subjectivo gosto estético, faltando-me, talvez, o acompanhamento teórico e crítico de suporte para o que se vai esculpindo pelo país.
A permanência durante uma semana na zona de Inverness Terrace (Bayswater, Londres), levou-me a passar quase todos os dias por um busto muito interessante, de expressão determinada e de boa execução escultórica, pelos meus padrões estéticos. O nome do retratado, Skanderbeg, nada me dizia e, displicentemente, imaginei-o como sendo de algum Viquingue nórdico que, por razões históricas, estivesse ligado à Grã-Bretanha.
O nome do escultor, Kreshnik Xhiku (1958), apesar de me soar a oriental, também nada me dizia. Mas o busto continuou a pairar na minha memória visual, persistentemente lembrado. E resolvi esclarecer a sua razão de ser e origens. Skanderbeg é afinal o grande herói albanês Jorge Castrioto (1405-1468), que foi também conhecido em Portugal e celebrado pelo historiador e cronista Francisco de Andrade (1540-1614), em livro (Crónica do valeroso Príncipe, e invencível capitão Castrioto) traduzido, de 1567. Jorge Castrioto defendeu a independência da Albânia, contra os turcos.



O busto de Skanderbeg foi executado pelo escultor albanês Kreshnik Xhiku, que reside presentemente nos Estados Unidos, e que já tinha esculpido uma estátua equestre, muito interessante, de Jorge Castrioto em Michigan, inaugurada em 2006. O busto de Inverness Terrace foi  instalado, para celebrar o centenário da restauração da independência albanesa, em 2012.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

No reino dos Algarves


Do Algarve, província portuguesa que não aprecio particularmente, guardo no entanto boas recordações de Lagos e de Vila Real de Santo António. Lagos não se descaracterizou demasiado e o seu "D. Sebastião", de Cutileiro, é das esculturas portuguesas que mais gosto e que nunca me canso de rever. Quanto a Vila Real de Santo António, o seu geométrico traçado pombalino ordenou-a para sempre (?) em patamares até ao rio, de uma forma estética admirável. Onde me sinto bem.
Faço por esquecer Faro e o desordenado Portimão, que me parecem um Cacém ou Reboleira, mais cosmopolita. Dizem que foram os Patos Bravos que estragaram a paisagem algarvia. Talvez.
Mas agora, segundo notícias visuais do meu amigo A. de A. M., parece que um escultor português também contribuiu com um mamarracho de pedra mármore para desfear a zona ribeirinha da Vila Real do Sul. E nada menos que o mesmo escultor do magnífico "D. Sebastião", de Lagos - pois é, o mesmo João Cutileiro (1936). Ele há horas infelizes...
Esta senhora, poetisa ao que dizem, chamava-se Lutgarda Guimarães de Caires (1873-1935) e há-de vir a assombrar (para sempre?) as margens de Vila Real de Santo António. Juntando-se ao Sá Carneiro guilhotinado do Areeiro (Lisboa) e ao Bispo do Porto, anão de pernas curtas, no Jardim da Cordoaria. Fica completo, assim, o trio de horrores da escultura portuguesa moderna...


com agradecimentos a A. de A. M..

sexta-feira, 4 de junho de 2010

D. Afonso I



À falta de uma, Guimarães tem duas estátuas do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques. Próximo do Castelo a clássica e conhecida, de Soares dos Reis, que já esteve no Toural e de que existe cópia em Lisboa. Mais recente, existe outra da autoria de João Cutileiro num dos largos da cidade, próximo da chamada "Porta da Vila". Não sendo tão feliz, na minha modesta opinião, como a de D. Sebastião, em Lagos, tem no entanto vulto e dignidade. E não desmerece o local onde foi colocada.
Para JAD.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

D.Sebastião, o Desejado, (20/1/1554 - 4/8/1578)



O "Sebastianismo" é uma das diagonais mais profundas da mitologia portuguesa. Chame-se, ou tenha-se chamado: "saudosismo", fado, "Nova Renascença", Sidónio Pais, Salazar, iberismo... Mas esta espera por um milagre que se atrasa, ou não se cumpre inteiramente, é ,porventura, também origem de uma qualidade imperfeita que nos define enquanto portugueses: o "desenrascanço". As soluções de improviso de quem espera até ao limite e tem, no último momento, de arranjar uma saída para o problema ou crise que não se resolveu por si, nem por alheios factores,nem com o tempo.