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domingo, 26 de novembro de 2023

João Menéres (1934-2023)

 

É sempre triste dar notícia de uma desaparição. Sobretudo de um Amigo. Que conheci já tarde na vida, mas que me habituei a admirar pela simplicidade, grandeza de alma, modéstia e uma obra estética notável.

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Comic Relief (159)



Em jeito mais ilustrativo e complementar do poste do Arpose de 14/4/23, sobre Al Jaffee, aqui deixo algumas capas do MAD do início dos anos 70 identificativas de um humor norte-americano muito próprio dessa época complexa.



Bem como uma glosa do magazine sobre o filme The Godfather, de F. F. Coppola.

(Com envoi para MR e João Menéres, cordialmente.) 

sexta-feira, 10 de março de 2023

Últimas aquisições (44)



Veio ontem ter comigo, em boa hora e da editora Modo de Ler, a obra A Cidade de Eugénio (2012), que o mesmo é dizer: o Porto. Mais do que a prosa dos textos, é a beleza das fotografias de João Menéres (1934) que nos seduz, descobrindo espaços e recantos que não teríamos decerto achado, ainda que no rasto de Eugénio de Andrade (1923-2005), que por lá viveu, uma grande parte da sua vida.



segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Em jeito de charada, para um Aniversariante



Perito na matéria, meu caro João Menéres, aqui vão os parabéns, pelo seu dia natalício, com uma foto "em forma de assim"... E um desafio: que objecto se esconde sob as formas difusas, misteriosas? Como se fora um presente embrulhado.

Votos de um bom dia e um ainda melhor ano, com saúde, cordialmente!

 

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Faz agora uma semana, a 10 de Junho....


Agora que o coro de vozes excitadas serenou e o silêncio do tempo tomou conta dos dias, talvez seja  a melhor altura de dar voz ao António, que conheceu e entrevistou Agustina Bessa-Luís, e a quem pedi, desafiando-o, a dar o seu testemunho. E, afortunada e amavelmente, João Menéres, que com ela privou e que faz dos seus dias um testemunho perene de vida, com os seus belos instantâneos ( é só ver o blogue Grifo Planante... ), com generosidade me cedeu uma fotografia inédita de Agustina e me autorizou a reproduzi-la aqui no Arpose, chegou, assim, o momento de voltar a lembrá-la.
Aos dois, António e João, o meu muito e muito obrigado.
Seguem a foto de João Menéres e o texto de António de Almeida Mattos:



A última vez que vi Agustina foi no café duma Fnac, há já muitos anos. Pouco depois foi-me morrendo.
Tive a sorte de conviver um pouco com ela e com o marido (Alberto Luís), seu quase escrivão de puridade, homem discreto, atento, distinto, mas também um bom desenhador.
Agustina era uma mulher de armas e de letras, com um humor por vezes contundente, brilhante para uns, para outros não.
Era muito feminil, coquete, com uns olhinhos miúdos muito vivos e buliçosos como se de uma ave que prepara, vertical, um voo picado e certeiro.
Foi Maria da Glória Padrão quem me ensinou muito sobre a escritora.
Não li tudo de Agustina. Como quem guarda, avaro e prevenido, uma garrafa de vinho especioso para uma data que o mereça. Mas li o bastante para saber que Agustina tinha um saber, um dom de adivinhar quase de vidente.
Uma das vertentes da sua grandeza está em tratar temas que conheço de perto, algo regionais na sua intensidade, e esse micocosmos em que se debruça, pela sua humanização concentrada, se alargar ao mundo inteiro.
Dália Dias refere que Agustina tinha uma imensa atracção pelo caos, no sentido de Criação.
Uma vez, no mercado do Bom Sucesso, perguntou à vendedeira o preço de um qualquer artigo.
- Não sabe ler? Está lá escrito!
- Os meus Pais não me mandaram à escola - respondeu Agustina.
Não precisou. Dentes de Rato era uma menina sábia, que se tornou Mulher férrea na disciplina, livre e ousada na criação do mito, que nunca esqueceu ser criança. Quer na inocência, quer na perversidade.