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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Dias e sabores


Bem se afanam os comentadores de vinhos e outros produtos naturais em tentar, surreal e caricatamente, classificá-los poeticamente, enquanto os especialistas afirmam que o ser humano só tem possibilidade de sentir quatro sabores básicos: doce, amargo, insosso e salgado. Ao que parece, haverá um quinto sabor, de origem japonesa, que aguça o apetite, mas de que eu não me lembro do nome. E é tudo.
Há sinais e sintomas que marcam os dias. Se os dias úteis nada têm que os distingam, salvo algum acontecimento fortuito que possa vir a acontecer e a marcá-lo na memória, já o domingo é reconhecível, logo ao acordar: há, quase sempre, mais silêncio em volta. E se eu fizer uma retrospectiva memorial, há, pelo menos, quatro pontos característicos nesses meus domingos provinciais: a manhã, que era um tempo espiritual, a carne assada e o leite-creme, ao almoço, o futebol e a reunião alargada de família, durante a tarde dominical.
Hoje, porém, este dia útil de segunda-feira, soalheiro, tem, por razões diversas, um sabor marcante e diferente. Porque o Verão quase parece ter voltado. E, por causas distintas, também regressou a esperança em melhores dias.