Mostrar mensagens com a etiqueta Profissões. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Profissões. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Uma fotografia, de vez em quando... (191)

 

Teve uma vida de saltimbanco, a fotógrafa germano-americana Evelyn Hofer (1922-2009). Nascida em Marburg, a família foi para a Suiça em 1933, com o início do nazismo e, depois, para Madrid, mas com a vitória de Franco, viria a fixar-se em Nova Iorque. O México foi a sua última morada, onde viria a falecer.




Alguns retratos interessantes, mas sobretudo a fixação de grupos profissionais, como motoristas e coveiros, por exemplo, dominam uma boa parte da sua obra fotográfica.



Alguns instantâneos parecem sugerir que a lição ou herança do grande fotógrafo alemão August Sander (1876-1964) não andava longe...

sábado, 26 de novembro de 2022

Sobe e desce


Quem sonharia, aqui há cem anos atrás, na frondosidade galopante do número e carreira de informáticos? 
Entretanto, hoje, há um notório défice na arte dos canalizadores, dos picheleiros e electricistas; embora vá de vento em popa o progresso activo do número dos nutricionistas, dos arrumadores de automóveis e dos psicólogos, estes últimos sobretudo a nível dos estabelecimentos de ensino. 
Haja saúde!

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Postigos de oportunidades, uma opinião


Psicólogos, nutricionistas, influencers (em inglês, que é mais barato...), agora chamados também futuristas, curadores (e curam o quê?) são algumas das novas profissões, janelinhas ou postigos de oportunidade que, perante a fragilidade mental de grande parte da humanidade, conseguem ganhar a vida à custa da menoridade e insegurança do pagode e a falta de regulamentação de ofícios sérios e credíveis, reconhecidos institucionalmente. Como dantes os curandeiros e barbeiros que tratavam (?) de todas as maleitas para sossego e saúde das populações mais carenciadas.

sábado, 30 de março de 2019

Profissão assistida


Já Nicolau Tolentino se queixava de ter que aturar meninos, na sua profissão de mestre-escola, para sobreviver economicamente e poder ter algum tempo, ainda livre, para dedicar ao seu prazer maior que era escrever poesia. Esquecia ou, melhor, omitia que o vício do jogo lhe consumia uma boa parte dos rendimentos auferidos... Melhor sorte teve José Daniel Rodrigues da Costa, seu contemporâneo, que conseguiu viver do que escrevia e publicava, mas teve que trabalhar muito e deixar obra larga.
Que isto da poesia não é boa enxada, nem lucrativa, pelo menos, em Portugal.
De prosas viveu Camilo, mas teve que se esgadanhar a escrevê-las. E se não fossem os bens e rendimentos da Dª. Ana Plácido, provavelmente, ainda teria vivido pior. Eça também se queixava muito, apesar de escritor de sucesso e diplomata em exercício, que não seria mau ofício quanto a salário, decerto. No século XX, só me lembro de Ferreira de Castro e Agustina terem vivido da pena. Cesariny, só quando se desdobrou em pintor, é que teve um crescente desafogo na bolsa. E foi pela pintura que enriqueceu.
Li em Le Monde, recente, que são raríssimos, em França, os escritores que não têm uma segunda profissão, para poderem sobreviver. Lá como cá, seguramente.
E dos novos lusos publicistas? De tão fraca laia e escrita de água chilra? Viverão de biscates e croquetes de vernissages? É que muitos deles nem sequer chegam à mediocridade rentável de Houellebecq, que lá vai vivendo, em França, do que escreve. Tem, por ele, a sorte dos seus leitores não serem muito exigentes. E o sentido crítico, em grande parte deste mundo, andar pelas ruas da amargura.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Relações de proximidade


Dependendo muito dos interesses de cada ser humano, há correntes de afinidade, consideração e até mesmo afecto, que se estabelecem, duradouras e fortes, entre fregueses e fornecedores. Modistas e alfaiates, merceeiros e peixeiras de mercado, simples empregados de quiosques ou de cafés, carteiros e médicos, para citar apenas algumas profissões, podem gozar da estima dos seus clientes e despertar, neles, uma especial simpatia. Creio que a honestidade e a competência no exercício da sua própria actividade são factores imprescindíveis, pelo menos para mim, para que essa relação de cúmplice proximidade se possa vir a estabelecer. Ou a solidão cultural dos espaços que habitam, esses fregueses, a isso obrigue ou justifique...
Ginha, Guedes, Almarjão, Tarcísio, Beckmeier são nomes saudosos, do meu passado, bem como alguns outros apelidos de que nunca soube ou nem sequer decorei o nome. De livreiros e livreiros-alfarrabistas que me trazem saudades. Não sou promíscuo com facilidade, muito menos me exponho, aos primeiros contactos. Conservo, de início, uma prudente distância, porque recuar depois, é sempre mais difícil e, hoje em dia, o profissionalismo é raro, no comércio livreiro. Mas surpreendo-me, muitas vezes, com a proximidade extrovertida e a familiaridade devota e pia, com que alguns fregueses convivem com os seus fornecedores de livros. Falta de prática, conhecimento e experiência, talvez.
Exclusivo demais (quem sabe?, pela bitola actual), no meu universo, destaco apenas dois nomes: Bernardo e Rosa. Que respeito e estimo, como livreiros. O resto, é apenas a vulgaridade do costume, e de negócio...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Retro (80)


Era assim o comércio de secos e molhados há pouco mais de um século, por Lisboa. Nalguns casos, mal dava para as solas dos sapatos...


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Curiosidades 49


Será mais uma das gentilezas da Democracia, falar da criação de mais emprego, no momento em que se sabe que não o haverá, no futuro. E, se isso for utilizado, por estratégia eleiçoeira, mais criminoso se tornará esse facto. Indesculpavelmente condenável.
Se a Revolução Industrial trouxe braços humanos, durante mais de um século, da Agricultura para as cidades, a Tecnologia, ultimamente, vai abatendo postos de trabalho, inexoravelmente. Não sei se o facto, em si, é positivo, mas sei que é essa a realidade e o futuro. Não vale a pena ignorá-lo.
Com a Revolução Industrial foram criadas muitas novas profissões. Uma das mais ignoradas é a dos Knocker-up, de que Dickens fala, no seu prólogo a The Great Expectations (1860). Até cerca de 1920, foi uma profissão rentável e muito útil, nas zonas fabris da Inglaterra. Aos Knocker-up, eu chamar-lhes-ia, em português, Despertadores humanos, sem ironia. Eram pessoas que, de manhã cedo, iam, pelas ruas dos bairros operários, acordar os trabalhadores, para que eles não faltassem ao trabalho, nas fábricas. Usavam meios sonoros para despertar os dorminhocos: canas altas para bater nas janelas e até instrumentos de sopro, algo estridentes. Não abandonavam os locais, até que os operários assomassem à janela, estremunhados, ou à porta de casa. Recebiam, por semana, uns quantos pence pelo seu trabalho.
Mas isso foi no tempo em que cada vez havia mais empregos. Não é o caso, seguramente, hoje em dia, nem no futuro mais próximo...



agradecimentos cordiais a ms.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Extinto


Dos nómadas e ambulantes, como este, só pode rezar a história... Acomodados em locas insalubres e esconsas, ainda haverá porventura alguns, actualmente, instalados e sedentários, pela província e arredores, nos seus pequenos negócios, a que a crise poderá dar algum alento.
O postal, do princípio do século XX, dá-nos um exemplar ainda com alguma dignidade profissional, sublinhada por uns óculos elegantes, de aros finos, e uma dupla cartola que testemunhava, talvez, alguma abastança do negócio...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Emprego e profissões em vias de extinção


Se em pequenos e restritos núcleos de reflexão já se fala na inexorabilidade, presente e futura, da diminuição progressiva de emprego e postos de trabalho, a nível mundial, por outro lado, há profissões que vão desaparecendo ou rareando no número dos seus artífices. Nuns casos, por falta de procura (por exemplo, limpa-chaminés), noutros, porque são raros os que se querem dedicar a essa profissão (canalizadores, funileiros, carpinteiros...), talvez por a acharem pouco dignificante, do ponto de vista social. Entretanto, ainda se pode ver, sobretudo nos subúrbios, e de vez em quando, um ou outro amolador ambulante que, antigamente, ainda consertava louça rachada, com gatos de metal, e arranjava guarda-chuvas, fazendo-se anunciar através do som da sua gaita de beiços. Pergunto-me se, hoje, ainda se manda consertar guarda-sóis que, nas lojas chinesas, se podem comprar a 5 euros... E, com certeza, já ninguém mandará pôr pingos de solda, em tachos ou panelas furados. Como conseguirá subsistir um homem, numa actividade de remuneração tão medíocre e duvidosa? Não consigo imaginar. 
Dos que assam castanhas, no Inverno, sei que alguns, no Verão, se deslocam para as praias, para vender gelados. Mas também é uma pobre consolação.
Há, em tudo isto a que assistimos, um enorme desencontro. Vários becos sem saida.