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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Citações CDXCIV

 


A sabedoria das nações reside nos seus provérbios, que são breves e expressivos.

William Penn (1644-1718).

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Estrangeiros, de nação


Se formos a ver, e ponderarmos bem, podemos quase sempre encontrar, em cada nacionalidade que conhecemos, um exemplar que nos traz boas memórias. Daí ser um erro a generalização absoluta.
Os primeiros húngaros que conheci (anos 60) eram simpatiquíssimos e discretos. Ainda antes, e para encerrar o périplo do ex-império austro-húngaro, a Christine da minha infância era suavíssima e bonita, para os meus tenros anos. Se os parisienses de 63 não me deixaram grandes recordações, sobretudo os taxistas, já o ano de 1964 se encarregou, da melhor forma afectuosa, de me corrigir a impressão, no mês de Agosto seguinte. De japoneses, que me lembre, só conheci um: era urbano, sucinto, cerimonioso até demais.
O Julius Ceasar Thornton ficou na galeria dos mais simpáticos estrangeiros. Norte-americano, negro e pequenino, gostava de ver a saída dos teatros e cinemas, para apreciar as indumentárias elegantes das senhoras portuguesas - dizia ele. Isto, nos anos 60/70, evidentemente. O Julius, além disso, arranhava muito bem o português, e sem sotaque brasileiro. Desta última nacionalidade, conheci alguns, tudo boa gente e, sempre, aparentemente bem disposta.
Farei justiça ao dizer que sempre me dei bem com os ingleses, ainda que o formalismo predominasse e excluísse qualquer possível intimidade. O Ben (escocês) foi a grande e boa excepção. Além da correspondência filatélica (intensa, aliás) que troquei com o Harry, que vim a conhecer depois, pessoalmente, em Londres, no ano de 1976. O mesmo direi dos alemães, por variadíssimas razões, até familiares. O único senão, um obermeister, manco da II G. G., que nos espiava e fiscalizava, de palanque alto, a nós, trabalhadores-estudantes sazonais, na Servais-Werke, de Witterschlick, perto de Bona.
Gosto dos belgas, assim de forma peremptória e sincera. Quanto aos espanhóis, não fora alguns poetas (Aldana, Quevedo, Machado, Jiménez, Gamoneda...), de minha grande eleição, e um Mario, laico e madrileno, sério e afável, teria dificuldade em lhes achar graça. Talvez os 60 anos castelhanos, em que andaram a aperrear-nos, tenha nisso alguma razão pessoal. Quanto a galegos e catalães, tenho-lhes apreço. Uma pequena referência, a um país das nossas antípodas: a Nova Zelândia. Três senhoras encantadoras ocupam-me o espaço memorial.
E por aqui me fico, decerto com algumas omissões involuntárias, se calhar injustas.