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domingo, 17 de agosto de 2025

Miscelânea (12)

 

Está no seu pleno, a fruta. Embora com preços um pouco altos... Esta semana, apareceram nas bancas do mercado as ameixas Rainhas-cláudia, que no Norte, em linguagem chula, chamam Ameixas-caranguejas e, a Leste, aristocratizam para Mirabelle e Lorena. A meloa é que já teve melhores dias, mas deu lugar aos melões, que se recomendam, de doces. As uvas vão muito boas e os pêssegos também. As Pêras valem a pena nas suas variedades principais: D. Maria, Rocha e Amorim.
É de fartar, vilanagem!


segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Sugestão



Para um lanche ajantarado, frugal e saudável, e para nos compensar do calor excessivo. 

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Natureza latente



Na zona climática intermédia, depois da natureza generosa dos frutos de Verão, a rosa alta, embora se tenha despedido de todas as folhas, mantém-se na jarra com todas as pétalas ressequidas, mas presas ao caule, em suspensão. Como se quisesse ficar connosco. A laranja, enrugada embora, conserva a maturidade e faz-lhe companhia, na fruteira ao lado. Perto, há pêras em abundância, melão, bananas da Madeira e sul-americanas, mais um diospiro já maduro. Do Outono já entrado, só podemos esperar em diante a surpresa das romãs, as castanhas e outros (poucos) frutos secos.
Quanto a romãs, uma amiga dedicada ofereceu-nos 3 bem bonitas. Por sainete, HMJ, juntou-lhes um diabrete barcelense, na fotografia que tirou. E talvez para lembrar Eugénio de Andrade: Das romãs eu amo/ o repouso no coração do lume.

domingo, 27 de agosto de 2023

Vai sempre a tempo...



Como dizia George Steiner (1929-2020) vale sempre a pena não morrer hoje, pela curiosidade de ler o jornal de amanhã (quando os jornalistas ainda tinham alguma qualidade profissional, acrescentaria eu). Pois, nessa mesma perpectiva e neste último mês, aprendi o nome e provei duas novas qualidades de frutos, que eu não conhecia de todo.




Foram eles: a pêra coche e os figos orelha mula. Estes últimos de pequena produção e originários do Algarve. A pêra, rijinha e o figo dulcíssimo. Por aqui ficam as imagens.



quinta-feira, 2 de março de 2023

Lembrete 72



Talvez nem toda a gente saiba que a maior parte de toda a fruta das grandes superfícies é comprada em pomar. As enormes quantidades obrigam a alguma antecipação e ousadia. Ou seja, antes ainda dos frutos estarem maduros e na confiança de que a natureza não se irá portar mal e que a normalidade seguirá seu curso. Nunca fiando, porém...
É por isso que, se tivermos um lugar de fruta no bairro e de um dono competente à sua frente, mais vale escolhermos por aí, na certeza de que ela foi escolhida com critério, minúcia e já colhida e madura.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Mercearias Finas 172

Francamente não me lembro se, na tenra infância, gostava muito de comer fruta. Recordo, porém, que colhi, algumas vezes, maçãs, tangerinas e ameixas (das vermelhas) directamente das árvores, para as saborear à socapa. E não esqueço os morangos naturais e pequeninos, do quintal, que a minha Tia me mandava num bonito açafate pelos aniversários. Para não referir as merendas de praia, poveiras, que, em agostos juvenis, compreendiam uvas, pêras, ameixas, figos, eu sei lá... E das cascas de melão e melancia que os lavradores domingueiros deixavam no mar a boiar e apareciam nas segundas-feiras seguintes, à tona, para nossa irritação natatória.

O Verão, quanto a fruta, é habitualmente pródigo, sobretudo nos meses de Julho e Agosto. E, este ano, temo-nos abastecido em variedade e qualidade, para além das sobremesas fora, em que temos privilegiado os frutos. Assim, às espécies em imagem hoje, haveria que acrescentar duas belas pêras bêbadas que comi, anteontem, com imenso gosto e proveito, num restaurante modesto, à beira-mar, que tem uma cozinha caseira e muito bem apaladada. Coroaram lindamente um pato assado no forno, com arroz de miúdos. O vinho branco, da casa, pelo sabor frutado, teria no lote, com certeza, a casta Fernão Pires, que, como se sabe, na Bairrada, muda de sexo para se chamar Maria Gomes...


com envoi para Paula Lima, cordialmente.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Idiotismos 48

 

Não estou seguro de que o termo idiotismo se aplique com inteira propriedade a este poste.
Acontece que provámos, há dias, as primeiras rainhas-cláudias deste ano. Dulcíssimas e muito boas, este pequeno fruto é chamado, no Norte, também e de forma menos aristocrática - ameixa-carangueja. Não é caso único esta variação geográfica que tem nomes diferenciados. Se os pastéis de nata (ou de Belém) assim são chamados em Lisboa, no Porto são conhecidos por tigelinhas.




E há ainda outro caso ainda mais insólito. Creio que toda a gente conhece, no Sul, e quase todos apreciam as nêsperas que, na zona vimaranense e até no Porto, por vezes, são chamadas magnórios, enquanto que nêsperas, fruto autóctone (?) minhoto, é um fruto escuro ligeiramente ácido, um pouco farinhento, que costuma amadurecer por Novembro, e com este aspecto:


E posso acrescentar que não é muito apetitoso, nem tem grande sabor...

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Fruta da época (2)


Há sempre uma fruta esquecida, que espera por nós. Não me lembrara eu, ainda, das bonitas romãs ( Nas romãs eu amo/ o repouso no coração do lume. Eugénio de Andrade), mas ofereceram-no-las, hoje. Com elas vieram também pequenos diospiros (dulcíssimos!), marmelos rijos que hão-de dar boa marmelada e as (2) singulares abóboras manteiga, que aqui ficam em imagens fotográficas.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Fruta da época


A Norte, era em Novembro que os provava. Translúcidos ou densos no seu avermelhado tentador, mas alguns ainda travavam e deixavam sabor áspero na boca, durante minutos. Sempre gostei de diospiros, que ultimamente, para maior facilidade, como em chávena de chá e com colher, para melhor aproveitamento. Agora, pelo menos no Sul, chegam mais cedo. E, ontem, lá se foi o primeiro desta época. Bom.
Já só faltam as castanhas, mas, ao que me disseram, já andam a assá-las pela rua. Não perdem pela demora que, em as vendo eu, logo hei-de prová-las, também...

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Filatelia CVII


O que é Portugal é bom, filatelicamente. De longa data que os selos portugueses têm fama, mesmo no estrangeiro, como, até grande parte do século XX, os nossos Correios eram considerados dos mais eficientes do mundo. Lembro-me de deitar cartas, ao fim da tarde, em Coimbra, no início dos anos 60, sabendo de antemão que, em Guimarães, as iam receber, de certeza, na manhã do dia seguinte. Nunca falhou.
Se os selos portugueses, actualmente, mantêm um grafismo de excelente qualidade estética, como sempre (a imagem é elucidativa), outro tanto não se pode dizer do serviço dos CTT. Antes pelo contrário: é péssimo. Já nos tem acontecido termos mandado, no mesmo dia, 2 cartas, de Lisboa, uma para o Porto e outra para Coblença, e a segunda ter chegado primeiro à Alemanha. Creio que está tudo dito...

sábado, 11 de julho de 2015

Hosana!


Desconfiados, distraídos e macambúzios que somos, não ouvi ainda ninguém louvar, este ano, a fartura e excelências da terra portuguesa. E que ricas colheitas se têm vindo a fazer: as laranjas suculentas, as cerejas tensas de doçura, os figos chorando mel de alegria, os pêssegos aromáticos e deleitosos...
Acordai, compatriotas, para esta fartura doce da terra portuguesa! Nem tudo são agruras.

sábado, 18 de outubro de 2014

Natureza viva, ou desmontando a instalação


Uma fotografia vale um poste? A minha resposta é não, mas há quem assim os faça. Penso, ao contrário, que há que juntar-lhe palavras. Em tempos de retraimento e recolhimento outoniços, porém, elas não surgem com facilidade. Ensaiemos as diversas opções de "legenda":
1. Eu podia falar do Outono.
2. Podia referir e nomear os frutos.
3. Talvez pudesse juntar à foto, uma catadupa de naturezas mortas (Cézanne, Matisse...) para deslumbrar os visitantes desconhecidos, que ficam quase sempre pasmados com a quantidade das imagens e com a pretensa erudição cultural.
4. Não dizendo nada, eu podia falar, até, de outras coisas...
5. Mas, mais concretamente, posso referir os dados acontecidos, com fidelidade real: a fruteira continha 2 maçãs "riscadinhas" e a bela romã, acabada de comprar, na Ribeira, pela HMJ. Lembrei-me que, numa outra fruteira, havia ainda uma laranja junto de três limões. Juntei a laranja para completar o quarteto, como se um verso final para acabar uma quadra. Depois, pedi a HMJ que tirasse uma fotografia, o que ela fez. Em prol da verdade, teria de dizer que, no frigorífico, ainda ficaram 3 diospiros, bem maduros, que não constaram da fotografia.

Será que terei dito, realmente, alguma coisa? De substancial - quero eu dizer...

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Mercearias Finas 73 (hoje, um pouco insólitas...)


Já está perto o mês frutícola que faz o pleno, cá por casa. Uma espécie de oaristo agrícola,  entre os figos ( lampos, pingo de mel...) e os pêssegos, porque em Julho, e anos propícios, atingem a perfeição gustativa e o aroma divinal. Por mim, com ananás, pêssegos e morangos, me bastava a Natureza do pomar.
Disse alguém ou escrevi eu: "...um fruto velho come-se por dentro". E, se fui eu que registei o facto, estava certamente a pensar em pêssegos porque, nesse aspecto, eles são um pouco traiçoeiros. Podem estar lindíssimos e olorosos, por fora, e já estarem a apodrecer, por dentro, junto ao caroço. Malvados!
Hoje, comi dois - bons e temporões, porque ainda não chegamos a Julho. E, como sempre, nunca os pêssegos são equilibrados na maturação. Um deles, num dos lados estava maduríssimo, do outro lado, ainda um pouco verde. Mas também o ser humano tem, normalmente, o braço direito mais comprido que o esquerdo. Para não falar de outras coisas...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fruta da época : os diospiros


Frágeis de transporte e embalagem, sápidos quando não "travam" na boca, lindos de morrer nas fruteiras, os Diospyros kaki fazem as minhas delícias desde a infância. O seu nome identifica-se, no grego, com o alimento de Zeus - ao que dizem. E são oriundos da China. Vou, hoje, comer o primeiro desta época. E, contra ventos e marés, continuarei a grafar "diospiros" (acentuação grave) que foi como aprendi, e gosto de dizer.

P.S.: para MR, com as melhores lembranças.