Estamos no período áureo da fruta - Julho e Agosto - em que a oferta é maior e mais diversificada.
Erradamente, pensava eu que aqueles pêssegos achatados eram oriundos do Peru, mas a D. Alice esclareceu-me que eram paraguaios, e hoje já se produzem em Portugal. E como a filha, que tinha andado por França e regressara, tinha os clientes controlados, na banca, foi-me dando algumas preciosas instruções sobre fruta. Melões, em que é especialista e acerta sempre nos que nos aconselha, peras, melancias, cerejas, castanhas e locais de Portugal donde são os melhores. A exemplo das castas de uvas e o terroir mais próprio dos vinhos. Arinto é Bucelas, tenho eu por certo.
Acrescente-se que a D. Alice já vai quase nos 90 e, no produtor que lhe fornece os melões (Ribatejo ou Alentejo), escolhe-os todos a dedo para a sua banca do mercado. Por isso, paga apenas mais 7 cêntimos, mas vale a pena, porque eles acabam por ser quase todos bons e saborosos para os clientes fiéis.