Neste segundo episódio televisivo, ontem (11/8/2019), Hastings também não apareceu, mas ele consta, vindo da América, no policial de Agatha Christie. Nem o inspector Japp, substituído que foi pelo convencido Crome, também ele da Scotland Yard. Não é por isso literal e fiel esta adaptação de Sarah Phelps, do policial The A.B.C. Murders, para a Fox Crime. E não é que estou a habituar-me ao Poirot de Malkovich? Embora continue a pensar que o Poirot-Finney era melhor. O detective belga, nesta série, é um ser mais solitário.
Todos nos lembrámos das pequeninas zangas entre Agustina e Manoel de Oliveira, pelas infidelidades cometidas pelo realizador ao adaptar os romances da escritora ao cinema. E será que Fitzgerald e Faulkner foram fiéis, quando andaram por Hollywood? Duvido. Assim, desculpemos a Sarah Phelps ter metido, na série televisiva, coisas da sua lavra. Como popularmente se diz: Quem conta um conto, acrescenta um ponto. É humano, e assim até parece história nova, esta, para quem a vê e já tinha lido o romance policial.
Por afecto às origens, e enquanto espero pelo terceiro e último episódio, no próximo Domingo, fui buscar à estante o número 167 da Vampiro (Os Crimes do ABC), para reconstituir a verdade ficcional que Agatha Christie imaginou em 1936. E que Sarah Phelps re-criou, agora, para a televisão.
Já agora louve-se, na banda sonora, a breve entrada de Schubert (Trio op. 100). Copiada de Kubrick?
(Conhecem? Está por aqui [Arpose] a 3/1/2017. É uma peça musical lindíssima!)
Já agora louve-se, na banda sonora, a breve entrada de Schubert (Trio op. 100). Copiada de Kubrick?
(Conhecem? Está por aqui [Arpose] a 3/1/2017. É uma peça musical lindíssima!)