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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Letras e imagens


Neste segundo episódio televisivo, ontem (11/8/2019), Hastings também não apareceu, mas ele consta, vindo da América, no policial de Agatha Christie. Nem o inspector Japp, substituído que foi pelo convencido Crome, também ele da Scotland Yard. Não é por isso literal e fiel esta adaptação de Sarah Phelps, do policial The A.B.C. Murders, para a Fox Crime. E não é que estou a habituar-me ao Poirot de Malkovich? Embora continue a pensar que o Poirot-Finney era melhor. O detective belga, nesta série, é um ser mais solitário.
Todos nos lembrámos das pequeninas zangas entre Agustina e Manoel de Oliveira, pelas infidelidades cometidas pelo realizador ao adaptar os romances da escritora  ao cinema. E será que Fitzgerald e Faulkner foram fiéis, quando andaram por Hollywood? Duvido. Assim, desculpemos a Sarah Phelps ter metido, na série televisiva, coisas da sua lavra. Como popularmente se diz: Quem conta um conto, acrescenta um ponto. É humano, e assim até parece história nova, esta, para quem a vê e já tinha lido o romance policial.
Por afecto às origens, e enquanto espero pelo terceiro e último episódio, no próximo Domingo, fui buscar à estante o número 167 da Vampiro (Os Crimes do ABC), para reconstituir a verdade ficcional que Agatha Christie imaginou em 1936. E que Sarah Phelps re-criou, agora, para a televisão.
Já  agora louve-se, na banda sonora, a breve entrada de Schubert (Trio op. 100). Copiada de Kubrick?
(Conhecem? Está por aqui [Arpose] a 3/1/2017. É uma peça musical lindíssima!)

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Policialmente falando


Já tive mais paciência para ver uma série policial na televisão, mas às vezes reincido.
Por outro lado já li o que havia para ler de S. S. van Dine, e não era muito. E de Conan Doyle. Os Maigret, de Simenon, também já foram todos. Estes são para mim os escritores de primeira água. Quanto à segunda divisão, classifico Stanley Gardner, Ellery Queen, Rex Stout e Agatha Christie.
Desta última Senhora, nunca consegui suportar a voz adamada e os tiques afectados da representação estereotipada de David Suchet, nas séries televisivas. Em cinema, creio que o melhor Poirot ainda foi Albert Finney.
Mas ontem, por mero acaso, na Fox Crime, deparei-me com John Malkovich na figura do detective belga. Sempre achei este actor de segunda ou terceira categoria e não me merece grande entusiasmo. E a série é uma adaptação em três episódios do romance The A. B. C.  Murders, de Agatha Christie, que foi traduzido para a colecção Vampiro, portuguesa, sob o número 167, com o título Os crimes do ABC.


A representação dos actores é banal, Malkovich incluído, que compõe um razoável Poirot, sem tiques de maior e alguma sobriedade. A re-criação televisiva alterou algumas coisas da trama original do romance policial. Nesta versão, o inspector Japp, da Scotland Yard, já morreu, após breve reforma. Neste primeiro episódio, pelo menos, o capitão Hastings, fiel amigo e companheiro de Hercule Poirot (qual alter ego do dr. Watson), também não apareceu.
Mas nota-se a marca e o dedo miraculoso da roteirista Sarah Phelps, que permite boas expectativas.
Por isso, no próximo domingo não vou perder, às 22h00 na Fox Crime, o segundo episódio da série.