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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Épocas de Piroseira


As festas populares, tanto na Capital como no resto do país, costumam propagar o que há de mais medíocre e feio, tentando confundir piroseira com cultura popular.

Assim, mesmo as zonas nobres, vistas como recentes emblemas de recuperação do espaço público, regridem, de forma abissal, ao mais "kitsch", acanhado e barulhento. Nada disso tem ligação com cultura ou música, porque o popular não se confunde com barulho, nem com "pastiche".

De facto, não se entende a ocupação do espaço público, em qualquer altura do ano e sobretudo nesta época, com este tipo de barracas ao gosto mais foleiro de basbaques e turistas.


Post de HMJ

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Santos Populares


Iniciam-se, hoje, as Festas dos Santos Populares que, começando pelo Sto. António, se ocuparão, cronologicamente, de S. João e S. Pedro, a seguir. A fantasia e afecto populares fê-los descer dos altares e da iconografia oficial, para virem à rua e folgarem na imaginação. O talentoso orador sagrado, António de Lisboa ou de Pádua, onde morreu, transformou-se num santo casamenteiro e, nas Guerras da Restauração, foi até considerado soldado, como patrono, subindo de posto com as vitórias alcançadas, chegando à patente de tenente-cronel e recebendo o soldo correspondente. O casto S. João transformou-se, pela imaginação popular, num brejeiro admirador de moças, brincalhão. A S. Pedro muito pouco foi acrescentado, porque a tradição já o considerava homem caldeado pela vida e rosto sulcado pelas rugas, de pele crestada pelo sal e pelo sol, na sua vida de pescador.
Também as sardinhas fazem parte destas Festas, talvez porque atingem o seu esplendor gastronómico neste mês de Junho e são, por isso, largamente consumidas nestas noites de folguedo. Muito recentemente, e desde há 10 anos, são motivo para jovens artistas darem largas à sua imaginação, com variações sobre o tema. Ao longo destes anos, há já um acervo considerável composto por 294 artísticas sardinhas que estarão em exposição na Galeria Millennium, Rua Augusta, 96, em Lisboa, até 24 de Agosto. Em imagem, uma pequena parte do catálogo produzido para a exibição.