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domingo, 8 de outubro de 2023

Divagações 189



Entre a fama e o apagamento dos lugares, o mais difícil é o gradual equilíbrio intermédio da passagem.
No primeiro capítulo do Viagens, livro focado anteriormente, aqui no Arpose, Stefan Zweig (1881-1942) escreve sobre a praia belga de Ostende, em 1902, então no seu esplendor turístico e veraneante. Também eu ouvira falar dela, ainda em meados do século XX, como praia estrangeira de moda. Mas quando por lá passei, em finais dos anos 90, a sua decadência era já notória e deprimente. Melhor estava, ou parecia estar, Blankenberge que sempre fora modesta ou pouca ambiciosa na sua projecção de destino turístico de Verão, guardada, muitas vezes, para mutilados da II Grande Guerra e famílias mais humildes ou de poucas posses.
O declínio de Ostende no final do século, fez-me lembrar a portuguesa praia da Granja, a norte, que também fora famosa, mas se encaminhara para a ruína turística, com os seus palacetes abandonados e jardins descuidados. Entretanto, e no sentido contrário, a Póvoa de Varzim que fora, nos anos 50/70, de arquitectura harmoniosa, à beira-mar, crescera depois, de forma desmesurada e selvática, para mal de nós.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Da cor isabel, a história

Da cor de burro quando foge, sabia eu, agora da cor isabel, aplicada a cavalos, nunca em tal ouvira falar, se não fora, há dias, um meu Amigo se lhe ter referido. Ora, ao que parece, diz-se assim do cavalo de cor entre o amarelo e o branco. E, a história, conta-se em poucas palavras. A filha de Filipe II, de nome Isabel Clara Eugénia de Áustria (1556-1633), que acompanhou o marido, no cerco a Ostende, prometeu que só tiraria a camisa (interior), quando a praça se rendesse. Ostende resistiu quase três anos. E a camisa quando foi mudada estava bastante acastanhada, pelo tempo e sujidade...
Antero de Figueiredo usa "das isabéis, dos alazões doirados", no seu Espanha, e a Enciclopédia Luso-Brasileira também regista o significado. Não o teria sonhado Isabel d'Áustria, aquando da promessa!
Ou teria sido, talvez, mais comedida...

abraço grato a A. de A. M..

terça-feira, 19 de junho de 2012

Vem tarde


Às vezes, as coisas chegam um pouco tarde, mas também acontecem convergências felizes, tantas vezes inesperadas. Ostende não é a minha praia do Mar do Norte, ou da sempre simpática Flandres que, curiosamente, sempre foi acolhedora para com os portugueses. Da Bélgica, retenho de memória Blankenberge e um frio cortante, em Agosto.
Depois da magnífica canção de Léo Ferré, esta imagem de Ostende fazia todo o sentido. Virá tarde, mas sempre a tempo de a acompanhar, de perto, no Blogue.

com agradecimento fraterno ao António.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Uma exposição de Magritte



Esta exposição de René Magritte (1898-1967) teve lugar, há quase 22 anos, no Museu de Arte Moderna de Ostende (Bélgica). Reproduz-se em imagem, parcialmente, o pequeno catálogo, cujo texto, embora simples e sucinto, é bastante informativo.