Vão desculpar-me, mas não vou falar do que toda a gente fala...
Recentemente, e aquando da releitura do romance A Sibila, de Agustina Bessa-Luís (1922-2019), deparei-me com o frequente uso, por parte de uma protagonista, da palavra Cantés! (pgs. 12, 18, 34...), que, de mim conhecida, há muito que já não via utilizada e não me lembrava sequer do seu respectivo significado. Releve-se o facto de que me não recordava de alguma vez a ter ouvido oralmente, em conversa, mas vira o vocábulo em algumas obras neo-realistas, no passado. A palavra, sempre a achara estranha.
Ao tentar saber o seu significado, verifiquei que o Houaiss não a registava, mas o simples Torrinha (de 1945) indica-a, embora no singular, com a valência (Canté!) de: Quem dera!. O Dicionário Analógico, de Artur Bívar consagra o mesmo significado e também como: certamente!. O Moraes, na sua 3ª edição de 1823, também não o inclui (será o vocábulo moderno?). Entretanto, o Dicionário (1958) de José Pedro Machado refere em significado: Oxalá! Em nenhum deles consta porém a sua origem ou uso inicial...
Ao tentar saber o seu significado, verifiquei que o Houaiss não a registava, mas o simples Torrinha (de 1945) indica-a, embora no singular, com a valência (Canté!) de: Quem dera!. O Dicionário Analógico, de Artur Bívar consagra o mesmo significado e também como: certamente!. O Moraes, na sua 3ª edição de 1823, também não o inclui (será o vocábulo moderno?). Entretanto, o Dicionário (1958) de José Pedro Machado refere em significado: Oxalá! Em nenhum deles consta porém a sua origem ou uso inicial...