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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Representar, segundo Brando


Representar é, em geral, uma coisa que a maioria das pessoas pensa que são incapazes de fazer, mas que praticam da manhã à noite. As formas mais subtis de representação vi-as, muitas vezes, em gente normal quando tenta mostrar que sentem alguma coisa ou quando procuram esconder os seus sentimentos. É uma coisa que aprendem desde tenra idade.

Marlon Brando (1924-2004), in Newsweek (13/3/1972).

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Uma fotografia, de vez em quando... (89)


A Taschen reeditou recentemente um antigo, raro e esgotado ensaio de James Baldwin (The fire next time), acompanhado por cerca de 270 fotografias, 100 das quais a preto e branco, de muito boa qualidade, retratando o escritor afro-americano. Os instantâneos foram captados pelo fotógrafo nova-iorquino Steve Schapiro (1934).


Fotojornalista freelancer, o norte-americano tem obra extensa, que recua até 1961. Acompanhou a Marcha para Washington, dos Direitos Humanos, tendo fixado bons retratos de Martin Luther King e dos manifestantes. Trabalhou também para a Vogue e para a Life. E acompanhou as filmagens de The Godfather e Taxi Driver, de que ficaram expressivos retratos de Marlon Brando e Robert de Niro. Grande parte das celebridades cinematográficas da segunda metade do século XX não escaparam à sua objectiva.



Não será, certamente, um dos fotógrafos maiores do séc. XX (e quem sou eu, ignorante, para o afirmar?... ). Mas, mais do que o enquadramento feliz e a originalidade estética dos seus retratos, o sucesso da sua obra - parece-me - fica a dever-se, também, à capacidade histriónica (Buster Keaton e Woody Allen) ou à fotogenia (Paul Newman) de grande parte dos seus modelos.


quarta-feira, 27 de março de 2013

Memória (79) : há 40 anos...


Em 27 de Março de 1973, Marlon Brando (1924-2004), que tinha ganho o Óscar pela sua notável interpretação em "Godfather", recusou o galardão. Fê-lo por discordar do tratamento dado aos Índios, por parte da indústria cinematográfica norte-americana. No acto formal da recusa, delegou a sua declaração na representante (Apache) da comunidade índia americana.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Esboço para um retrato de família


Creio que foi Marlon Brando que disse um dia, já ia alto em idade: "Representamos sempre, representamos todos!" Eu, muito humildemente, acrescentaria: alguns melhor do que outros. Mas, em abono da máxima do grande actor americano, vou tentar esboçar um episódio ou facto passado que, não tendo sido encenado, "em todo o caso, dava uma aguarela", como dizia Cesário.

Fiquemo-nos pelo trio das personagens, muito embora houvesse mais gente. O jovem arquitecto, de feições um pouco rústicas, como aparecem na pintura flamenga alguns retratados, estava feliz. Tinham-lhe encomendado o projecto de restauro de uma casa rural em Terras do Bouro, com um adiantamento, já no bolso, de 3.200,00 euros. E ele, mal o acabasse, tencionava estadiar em Katmandou, durante um mês: um sonho antigo... O actor, na curva rotunda inicial dos 40, de barba bem cuidada, vivia ainda à sombra do seu último Hamlet (bem saudado pela crítica) e sentia-se plenamente realizado. Finalmente, a jovem poeta: cabelo crespo, desalinhado, roupa brava e mal combinada - mas tudo muito natural. Açoreana e vulcânica, tinha acabado de publicar o seu primeiro livro e, pelas impressões um pouco tontas do Facebook, o sucesso caminhava ao seu encontro. Quero eu dizer: também se sentia feliz. Local: uma esplanada em Setembro, algures, no tempo. Estavam a ser atendidos por um empregado, de rabo de cavalo, que parecia o Inca Garcilasso de la Vega. Embora, tanto quanto me lembro, era apenas brasileiro. Pena!

Foi então que apareceu a Nair, vinda de nenhures naquela manhã de sol, a querer vender-lhes umas pequenas aguarelas muito naïf de vistas turísticas citadinas ou de marinas tempestuosas, muito incipientes. Ao abordar o grupo perguntou, melíflua: "Gostam de Pintura?"; e, subitamente, os 3 mudaram de vocação, sem qualquer combinação acertada, previamente. O arquitecto respondeu, de imediato: "- Detesto!, a pintura já acabou há muito!...", acrescentando, depois, que era poeta. A jovem poeta disse que gostava, mas proclamou-se actriz, falou a Nair do seu último papel de Ofélia, e acabou por comprar uma marinha por 5,00 euros. O actor, cofiando a barba espessa, assumiu-se como romancista gótico e, no que dizia respeito a pintura, confessou que só apreciava os Pré-Rafaelitas, porque eram muito certinhos e bonitinhos, e toda gente gostava deles. Mas o trio de amigos foi amável com Nair, convidaram-na a sentar-se com eles na esplanada e até lhe pagaram um café. Estiveram quase uma hora, com ela, a falar de política e do Rodrigo Leão: seja como for, a música não estava representada à mesa, neste retrato de família. Ah! a Nair era esquerdina. Reparei nisso quando assinou a marinha no verso, com esmero, embora a sua caligrafia fosse absolutamente ilegível. Nem todos somos actores perfeitos...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Divagações 4 ( muito caóticas, primaveris e dispersas)


Estão 20º lá fora. Amenidade, silêncio e calma: são 21,30 hrs. Não cheguei sequer a saber se havia lua: ou tímida e atrasada, ou Lua nova. Daqui a pouco, começam a chegar os brasileiros, às catadupas - ao Arpose, quero dizer: questões horárias e de latitude. Mas parece, ao contrário do que eu pensava, que também são tímidos como a lua - raramente dão um ar da sua graça, ou interagem. Será de alguma astenia e torpor tropicais? Que sei eu, que nunca fui ao Brasil, mas lá tenho (inúmeros) primos que nem conheço? Lembro-me de um corpo de mulher, olhos velados por uns óculos de sol, simultaneamente, ousada e recatada...e recordo-me do " Crepúsculo dos Deuses" e da Gloria Swanson. Que mistério... Vem-me à ideia uma entrevista de Marlon Brando (obrigado, ms!!!) em que dizia a Larry King que representamos sempre, "representamos todos". Mas alguns de nós ainda tentam ser autênticos, felizmente. Marlon Brando até se descalçava durante a entrevista, não tinha óculos de sol a tapar-lhe os olhos, e estava no Tahiti (não há dúvida que estamos no signo do Carneiro ou Áries, só falo de nativos dele...). E ia-me esquecendo de Brel que nasceu a 8 de Abril, e sempre me pareceu autêntico. Aliás, e é da minha experiência que os "arianos" ( ou Carneiros de signo) mentem muito mal, ou não sabem mentir.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Comic Relief (4) : nos 67 anos de Robert de Niro

Uma caricatura interessante de um dos grandes, e mais versáteis, actores americanos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Comic Relief (2) : Brando

Qualquer coisa entre Gasparzinho, o Fantasminha Camarada, a Sereiazinha de Copenhaga ou de H. C. Andersen, e o "Apocalipse Now". Ou será apenas o "Polvo" com apenas um tentáculo?