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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Filatelia LXXX : Grécia, período clássico


A filatelia, às vezes, também dá que pensar...
É, no mínimo, curioso que, ao contrário dos primeiros selos de outros países europeus sob regime de monarquia (Portugal, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Holanda...), a Grécia não tenha escolhido para motivo iconográfico o seu soberano, Jorge I (1845-1913), nem mesmo qualquer outro motivo régio (coroa, brasão...).
A escolha recaiu na figura de Hermes (o Mercúrio romano), mensageiro dos deuses, patrono das comunicações. Por alguma razão, a Grécia foi o berço da Democracia...
Dos selos, em imagem, há que esclarecer que pertencem às primeiras cinco emissões helénicas, de 1861 (início do selo adesivo na Grécia) até ao ano de 1889. As impressões foram feitas em diversos locais (França, Bélgica e Atenas), sendo que diferem em qualidade, umas mais finas, outras, mais grosseiras. Por uma questão de curiosidade, posso informar que o primeiro selo com efígie do rei, na Grécia, ocorreu apenas no ano de 1936...


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mercúrios


A frase "The past is a foreign country: they do things differently there" (O passado é um país estranho: fazem lá coisas de modo diferente) é conhecida, e considero-a um dos melhores inícios de romance  inglês, que conheço. A obra em causa, que li no original em 1965, é "The Go-Between" (O Intermediário), escrita por L. P. Hartley (1895-1972), publicada em 1953. O livro foi adaptado ao cinema, em 1970, por Joseph Losey, com script de Harold Pinter, e interpretado por Julie Christie (Marian) e Alan Bates (Ted), nos principais papéis.
O núcleo central do enredo reside nos amores clandestinos e impossíveis de uma jovem de família rica, que está noiva, com o caseiro da quinta, Ted. A jovem (Marian) usa Leo Colston, de 13 anos, para portador de mensagens, em encontros com o caseiro. O tema é também o da perda de inocência de Leo, ao descobrir as razões, e o sequente traumatismo que sofre pelas consequências do seu papel de Mercúrio - tendo sido descobertas as relações do par, Ted acaba por se suicidar. A acção do romance decorre em 1900.
Não sei se hoje ainda se usam mercúrios, ou intermediários, para o estreitamente de relações amorosas mas, no meu tempo de juventude, isso era frequente. Fui Mercúrio, por três vezes, na minha infância/adolescência, mas as relações que medeei não eram pecaminosas, nem tiveram consequências demasiado funestas. E, há que dizê-lo, também utilizei mercúrios, algumas vezes. Sem grandes resultados, aliás...