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sábado, 7 de novembro de 2015

(Adenda a) Mercearias Finas 107 : a segunda prova


A rolha, de boa qualidade embora, partiu-se a três quartos de ser retirada e a restante parte teve de ser empurrada para o interior da garrafa. Depois, esta vetusta Garrafeira Borlido, branco velho de 1946, foi decantada, com cuidado e vagar. Repousou cerca de 8 horas. Revelou algum depósito, não excessivo, até por ser, até hoje, o vinho mais antigo que provei, nos seus longos 69 anos de vida. O aroma denunciava, lindamente, eflúvios da madeira de carvalho que lhe teria servido de berço, nos seus primeiros anos.
A cor era a que, às vezes, enobrece um Porto Tawny, de qualidade. De vida extinta, um leve sabor a resina e a acidez ainda sentida, denunciavam o que fora, nos seus 12º amortecidos, mas sobreviventes. Foi acompanhado por umas castanhas novas cozidas, a noite passada que estava tépida, neste Verão de S. Martinho, antecipado e ameno.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Mercearias Finas 107 : relíquias...


Pelo segundo Outono consecutivo me resolvi a dar volta à adega. Desta vez, fia mais fino o risco, porque de vinhos brancos se trata e, como se sabe, eles são mais frágeis e de vida mais curta do que os tintos. Será pouco espectável que a sua abertura me traga alguma boa surpresa, depois de decantados. Embora duas das garrafas ainda tenham néctar pelo ombro do gargalo e as Caves Borlido tenham classificado o seu produto de: Vinho Velho. O que significa que foi engarrafado já estabilizado, mas não terá decerto, no entanto, a longevidade das colheitas do Bussaco. Que será de esperar de vinhos brancos tão anosos, cujo mais jovem tem a provecta idade de 50 anos? O que for, se verá...
Deixo, assim, a descrição cronológica das relíquias, para que conste, e memória futura:
- Borlido Garrafeira, Branco Velho de 1946, 12º (custou, no início dos anos 70, Escudos 50$50).
- Casal da Azenha, Branco 1957, de A. B. da Silva Chitas, com 12,5º (adquiri-o por 45$50).
- Messias, Garrafeira Particular, colheita de 1963, 11,5º.
- Quinta d'Aguieira (Conde d'Águeda - Manuel José Homem de Mello), Branco 1965.
Ficam as fotografias dos exemplares, logo à saída da adega, e depois dos rótulos terem sido ligeiramente desempoeirados do tempo e da pátina. Darei conta oportuna, se for conveniente, dos seus estados de saúde, ou de alma.