Pelo segundo Outono consecutivo me resolvi a dar volta à adega. Desta vez, fia mais fino o risco, porque de vinhos brancos se trata e, como se sabe, eles são mais frágeis e de vida mais curta do que os tintos. Será pouco espectável que a sua abertura me traga alguma boa surpresa, depois de decantados. Embora duas das garrafas ainda tenham néctar pelo ombro do gargalo e as Caves Borlido tenham classificado o seu produto de: Vinho Velho. O que significa que foi engarrafado já estabilizado, mas não terá decerto, no entanto, a longevidade das colheitas do Bussaco. Que será de esperar de vinhos brancos tão anosos, cujo mais jovem tem a provecta idade de 50 anos? O que for, se verá...
Deixo, assim, a descrição cronológica das relíquias, para que conste, e memória futura:
- Borlido Garrafeira, Branco Velho de 1946, 12º (custou, no início dos anos 70, Escudos 50$50).
- Casal da Azenha, Branco 1957, de A. B. da Silva Chitas, com 12,5º (adquiri-o por 45$50).
- Messias, Garrafeira Particular, colheita de 1963, 11,5º.
- Quinta d'Aguieira (Conde d'Águeda - Manuel José Homem de Mello), Branco 1965.
Ficam as fotografias dos exemplares, logo à saída da adega, e depois dos rótulos terem sido ligeiramente desempoeirados do tempo e da pátina. Darei conta oportuna, se for conveniente, dos seus estados de saúde, ou de alma.
Não sei nada de vinhos, mas devem ser umas relíquias...
ResponderEliminarO primeiro, pelo menos, recompensou os anos de "investimento", não era um Sauternes ou um "Petrus", mas estava muito agradável de se beber..:-)
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