Entre alguns aspectos mais folclóricos, para não dizer ridículos, que o presente compasso de espera da situação política provocou, e o chorrilho de observações e comentários, muitas vezes desajustados e/ou alarmistas, há uma coisa que, grandemente, me surpreendeu.
Além do SOS estridente de cerca de uma centena de famílias lusas, habitualmente, circunspectas, também verificar que a mentalidade de algumas sumidades do escol universitário (historiadores, sociólogos...) que primavam, no dia a dia, por uma frieza científica e uma equidistância face às questões nacionais, têm vindo a demonstrar, no tempo mais recente, que as suas cabeças estão ainda povoadas de ogres, bruxas, fadas-más, canibais, papões e feiticeiros... Exactamente, como na infância. E que devem perturbar o seu sono nocturno com terríficos pesadelos ameaçadores e irracionais.
Não há pachorra! Chateia-os terem-se por muito espertos e não terem previsto isto. Ouvi ontem Bernardo Ferrão, do Expresso, 'penitenciar-se' por isso: nunca tal lhes passou pela cabeça.
ResponderEliminarE principalmente em relação ao PCP porque o BE parece que aprendeu a lição quando chumbou o PEC 4 e alguma da gente mais importante saiu.
Bom dia!
A maior parte dessa gente que agora grita é a mesma que andava sempre a vociferar contra os três partidos que estavam sempre no Governo... Que o rotativismo era horrível...
ResponderEliminarAs Cassandras e os dislates são tais e tantos, de momento, que o melhor é deixar pousar o pânico, até haver oportunidade para um diálogo racional e de gente crescida.
EliminarEntretanto, tias e tios poderão, quando muito, ir areando panelas e tachos para readquirirem alguma capacidade de raciocínio e calma.