A ausência de interesses secundários, ou hobbies, é fatal para a velhice. O horizonte reduz-se ao espaço corporal e ao olhar, quando vê ou observa, do horizonte contíguo, ou mais próximo. Há, talvez, uma letargia, ou hibernação que vai alastrando com o desinteresse mundano. Não há muito a fazer, porque o despertar é, apenas e quase sempre, para necessidades imediatas, momentâneas. O monossílabo acaba por ser a palavra de ordem, num resumo de tudo, mesmo que a vida tenha sido pujante de movimento, intensa, interessante de contrastes. E rica, na sua humanidade inteira, passada.
Da Beira Baixa - 31
Há 13 horas
O pensamento mante-se jovem, o problema é o corpo, que não acompanha, como dizia Agustina Bessa Luís “ O espirito jovem é muito bonito, mas não sobe escadas”.
ResponderEliminarÉ uma frase lapidar, a da Agustina, e ironicamente real. Mas também nem sempre o espírito, em equilíbrio, acompanha um longa idade...
EliminarAcredito que quem tem interesses e os tais hobbies, pode manter-se mais activo e mais jovem, daí que concordo com a primeira frase. Há, de vez em quando, excelentes exemplos que nos chegam e que o comprovam. Eu tenho um em casa : a minha mãe com 89 anos tem mais energia que eu e nunca está parada. Tem boa cabeça e interessa-se por várias coisas, apesar de ser uma pessoa que mal sabe ler.
ResponderEliminarQuando as pessoas não têm interesses, nem actividades envelhecem mais depressa.
Boa noite:)
Julgo que o tédio sobrevive em qualquer idade, ciclicamente, e uma forma de o combater é termos vários interesses, despertos. Quanto à sanidade mental e à energia físca, é tudo uma questão de sorte e acaso, parece-me.
EliminarBom dia, Isabel!
Tb gosto da frase de Agustina.
ResponderEliminarTenho lido que quem tem uma vida ativa (mental) é bom contra o alzheimer (embora se conheçam vários casos de pessoas ativas que foram vítimas dessa doença.
E parece que ajuda a pessoa não ter uma vida sedentária (mas isto em todas as idades). :)
Bom dia a todos.
Um dos vários casos tristes (como também Eugénio e Óscar Lopes, o foram) em que o aumento do tempo de vida, não representa qualidade de vida, como os "simples" teimam em insistir..:-)
EliminarBom dia, MR!