sábado, 28 de novembro de 2015

Cruzamentos e encruzilhadas


Há cruzamentos e encontros humanos altamente imprevisíveis. Literariamente, quem primeiro terá abordado o assunto foi Aldous Huxley (1894-1963), que deu notícia original em Pointcounterpoint (1928). Érico Veríssimo (1905-1975) seguiu-lhe o exemplo, em 1935, com Caminhos Cruzados, em língua portuguesa.
Era pouco provável que o importante historiador autodidacta J. Lúcio de Azevedo (1855-1933) se tivesse cruzado com o pintor Eduardo Malta (1900-1967). Além de serem ambos portugueses, apenas o seu pendor conservador e avesso à inovação, os poderia irmanar.
Mas houve uma neta de Lúcio de Azevedo, Maria Joana de Azevedo Barbieri, que, mais tarde (1959), fez cruzar as suas vidas, episodicamente. Posso imaginar que o pintor leu as Novas Epanáforas (1932). Muito provavelmente, com proveito, porque é um livro que posso recomendar, para quem o não conheça.


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