quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Elizabeth Barrett Browning (1806-1861)


Soneto XLIII

De que forma te amo? Deixa-me contar as maneiras.
Amo-te em profundidade, respiração e altura
A que pode chegar a minha alma, até perder de vista,
Com todas as forças do meu Ser e da Graça ideal.
Pelo nível mais alto a que se chega em cada dia
Na sua necessidade mais tranquila, ao Sol, mas também
pela treva iluminada, livre, como se luta p'la Justiça,
Da forma mais pura, como se prescindisse de qualquer louvor,
Amo-te com a paixão inteira com que me entregava
Às minhas dores mais fundas ou com a fé das crianças;
Eu amo-te com todo o amor com que se perdem os Santos
Mais queridos. Amo-te da mesma forma que respiro,
Com risos e lágrimas de toda a minha vida. E, se Deus quiser,
Hei-de amar-te ainda mais, depois da minha morte.


Elizabeth Barrett Browning, in Sonnets from the Portuguese.

4 comentários:

  1. Gosto da poesia de Elizabeth Barrett Browning e principalmente deste seu poema. Gostei da tradução.
    Bom dia!

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    1. Esta "rapture" talvez seja difícil coadunar-se com os dias de hoje... Mas não deixa de ser um grande Soneto.
      Bom dia!

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