A rolha, de boa qualidade embora, partiu-se a três quartos de ser retirada e a restante parte teve de ser empurrada para o interior da garrafa. Depois, esta vetusta Garrafeira Borlido, branco velho de 1946, foi decantada, com cuidado e vagar. Repousou cerca de 8 horas. Revelou algum depósito, não excessivo, até por ser, até hoje, o vinho mais antigo que provei, nos seus longos 69 anos de vida. O aroma denunciava, lindamente, eflúvios da madeira de carvalho que lhe teria servido de berço, nos seus primeiros anos.
A cor era a que, às vezes, enobrece um Porto Tawny, de qualidade. De vida extinta, um leve sabor a resina e a acidez ainda sentida, denunciavam o que fora, nos seus 12º amortecidos, mas sobreviventes. Foi acompanhado por umas castanhas novas cozidas, a noite passada que estava tépida, neste Verão de S. Martinho, antecipado e ameno.
Gosto muito do sabor a madeira de carvalho.
ResponderEliminarBoa noite!
Como o vinho perdeu força, a madeira ganhou realce, no sabor. E, com esta idade, foi uma curiosa experiência irrepetível.
EliminarBoa noite!
Parabéns por ter conseguido guardar a garrafa em boas condições.
ResponderEliminarObrigado. A sorte ou o acaso, também ajuda, por vezes, mas a boa matéria prima é imprescindível.
EliminarAté fiquei com vontade de provar .... o vinhos, as castanhas ... e "sorver" a companhia.
ResponderEliminarPremeditadamente - e não posso dizer mais - haverá no futuro uma surpresa em que o JAD entra..:-)
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