Em tempos, creio que na última década do século XX, estive para comprar um andar no Bairro Azul. Era um quarto andar e dele se via completamente a Praça de Espanha; com algum esforço visual e de corpo, julgo que se avistava também uma nesga do Tejo, ao longe.
Eu gostava da zona, parecia-me sossegada, ampla q. b. e arejada. Ia, às vezes, visitar uns parentes, que moravam na Ramalho Ortigão, num rés-do-chão alto de divisões médias e agradáveis, e eu vinha de lá quase sempre satisfeito e bem disposto. A rua tinha ainda 2 mercearias tradicionais. E metro, perto.
El Corte Inglés ainda vinha longe, farmácia havia ao pé e a Gulbenkian não ficava distante. A IN-CM tinha, nessa altura, uma livraria (que fechou depois) à beira da Fundação. O preço do andar em vista, era convidativo, e a compra só não se concretizou, porque havia obras profundas e caras, a fazer no elevador.
Inexplicavelmente, creio que me lembrei disto, por me vir à ideia o início de Den Afrikanske Farm, de Karen Blixen (1885-1962), que viria a dar o filme Out of Africa. Que começa por esta frase singular: "Eu tive uma fazenda em África, no sopé das colinas Ngong..."
Ou terá sido por o Carlos C. e S., que morava então no Bairro Azul e que eu visitava amiudadas vezes, ter feito grande parte da sua vida profissional em Moçambique? Não sei ao certo - a memória trabalha, frequentemente, em piloto automático.
Inexplicavelmente, creio que me lembrei disto, por me vir à ideia o início de Den Afrikanske Farm, de Karen Blixen (1885-1962), que viria a dar o filme Out of Africa. Que começa por esta frase singular: "Eu tive uma fazenda em África, no sopé das colinas Ngong..."
Ou terá sido por o Carlos C. e S., que morava então no Bairro Azul e que eu visitava amiudadas vezes, ter feito grande parte da sua vida profissional em Moçambique? Não sei ao certo - a memória trabalha, frequentemente, em piloto automático.