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Alma minha, brandinha, vagabunda,
do corpo acompanhante e moradora,
a que paragens vais subir agora,
assim lívida, e rígida, e tão nua?
Deixarás de gozar o que hoje gozas.
Adriano (76-138), em tradução de David Mourão-Ferreira.
Nota pessoal: o primeiro verso do poema, musicalíssimo no latim original ("Animula, vagula, blandula..."), serviu de epígrafe a Marguerite Yourcenar, em "Mémoires d'Adrien".