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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Adagiário CCCXI


Recentemente referido no Arpose, Os Contos do Tio Joaquim, obra de Rodrigo Paganino (1835-1863), é um vasto repositório de provérbios e anexins. Vamos registar uma pequena parte deles. Assim:

1. Quem compra e mente, na bolsa o sente.
2. Mágoas contadas, são aliviadas.
3. Cara alegre, ganha vontades.
4. No bom beirão, corpo e alma pequenos são.
5. Homem de boa lei, tem palavra como rei.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Esquecidos (1)


Escritor, tradutor, médico e jornalista, de seu nome completo Rodrigo Botelho da Fonseca Paganino Júnior, nasceu em Lisboa a 2 de Agosto de 1835. Teve vida breve, pois veio a falecer, em Carnide (Lisboa), a 22 de Setembro de 1863.


Foi amigo de Herculano e era figura muito conhecida nos meios literários lisboetas, sobretudo pela colaboração frequente na imprensa da época. A sua obra, em prosa, mais celebrada foram os Contos do Tio Joaquim,  editados em 1861, tinha Rodrigo Paganino apenas 24 anos de idade.
As diversas histórias da literatura portuguesa, a partir daí, foram-no sempre referindo.


O livro (306 páginas) foi muito falado e elogiado, embora com temas rurais e enredos singelos moralizantes, pressagiando, de algum modo, a carreira mais solidamente estruturada de Júlio Dinis (1839-1871), mais tarde. Tenho no entanto grandes dúvidas que hoje o autor ainda seja lido. Ou até mesmo referido. A insistência no pendor algo romântico da sua escrita afastará porventura os mais cépticos leitores empedernidos...
O meu exemplar, da edição original, tem dedicatória à irmã do escritor, Maria Máxima. Está em bom estado, encadernado, e custou-me 15 euros, recentemente (tinha sido remarcado dos 25 iniciais).


Óscar Lopes (1917-2013) denomina de "contos rústicos" estes, com alguma propriedade... Mesmo assim, na sua simplicidade e elegância da escrita corredia, podem ainda hoje ler-se desenfadadamente.