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sábado, 1 de julho de 2023

Dicotomias


Dentro das classificações e dicotomias em que podem caber os seres humanos, actualmente, creio que se podem agrupar as pessoas em dois tipos distintos: os que usam sapatos e os que calçam ténis (dantes conhecidos pobremente por alpergatas ou sapatilhas). Acontece que o primeiro dos grupos está em vias de extinção...

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A Leiteira da Costa


Vinha cedinho da Costa, com o seu cântaro de leite à cabeça, muito a tempo do nosso pequeno almoço vimaranense. Que o leite tinha que ser fervido, antes de se beber. Deveria ter uma ou duas vacas, a nossa leiteira, e bom pasto, donde vinha também o musgo, no princípio de Dezembro para se montar o Presépio. Acabada a volta pelos fregueses, o leite remanescente era vendido, ao fim da manhã, na Feira do Pão, praça ampla aonde acorriam os clientes retardatários e alguns donos das leitarias da cidade. Foi isto nos finais de 40 e iniciais anos 50, porque em Coimbra e Lisboa, nos anos 60, já o leite só aparecia embalado, industrialmente. 

Não sei, por isso, como fizeram a reconversão, estas profissionais da venda ambulante, sindicalizadas, de que encontrei os respectivos cartões de associadas (nº 48 e 381), passados pelo respectivo sindicato, no já longínquo ano de 1955. Talvez tivessem ficado desempregadas... O que posso garantir é que a nossa leiteira da Costa não estava inscrita no sindicato.



domingo, 21 de janeiro de 2018

Em vias de extinção


Fala-se muito em animais em vias de extinção. Bem como de plantas, embora menos.
Se, ao que parece, os horizontes de conhecimento, generalizados, se alargam por via da net (sobretudo à tona...) e da globalização, nem por isso o universo vocabular das novas gerações tem aumentado. Pelo contrário, cada vez o léxico usado se vai reduzindo, mais e mais.
Entre muitas das palavras que vão desaparecendo, relembro 2 que já não ouço ou leio, há muito tempo:

- Relapso.
- Contumaz.

Ainda se lembram do seu significado? Que aliás anda próximo, entre si...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Emprego e profissões em vias de extinção


Se em pequenos e restritos núcleos de reflexão já se fala na inexorabilidade, presente e futura, da diminuição progressiva de emprego e postos de trabalho, a nível mundial, por outro lado, há profissões que vão desaparecendo ou rareando no número dos seus artífices. Nuns casos, por falta de procura (por exemplo, limpa-chaminés), noutros, porque são raros os que se querem dedicar a essa profissão (canalizadores, funileiros, carpinteiros...), talvez por a acharem pouco dignificante, do ponto de vista social. Entretanto, ainda se pode ver, sobretudo nos subúrbios, e de vez em quando, um ou outro amolador ambulante que, antigamente, ainda consertava louça rachada, com gatos de metal, e arranjava guarda-chuvas, fazendo-se anunciar através do som da sua gaita de beiços. Pergunto-me se, hoje, ainda se manda consertar guarda-sóis que, nas lojas chinesas, se podem comprar a 5 euros... E, com certeza, já ninguém mandará pôr pingos de solda, em tachos ou panelas furados. Como conseguirá subsistir um homem, numa actividade de remuneração tão medíocre e duvidosa? Não consigo imaginar. 
Dos que assam castanhas, no Inverno, sei que alguns, no Verão, se deslocam para as praias, para vender gelados. Mas também é uma pobre consolação.
Há, em tudo isto a que assistimos, um enorme desencontro. Vários becos sem saida.