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terça-feira, 14 de abril de 2020

Leilões


Pela presente situação de pandemia, até uma das mais dinâmicas casas leiloeiras lisboetas, o Palácio do Correio Velho, suspendeu temporariamente as actividades. Em boa hora, tive notícia recente que retomará os trabalhos com um leilão de livros e revistas Online, já no próximo dia 17 de Abril de 2020, sendo esta a sua almoeda número 1.424. Do acervo interessante, destaco dois lotes que têm uma base de licitação equilibrada: um de BD e o outro sobre Cinema. Qualquer deles invulgar. Ei-los:

Lote 16 - 6 volumes, 4 de Obras Primas de BD e 2 de o Cavaleiro Andante (1954/5).............  15 euros.
Lote 23 - Conjunto completo dos Cahiers du Cinema, respeitante aos anos de 1958 a 1963... 30 euros.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Bibliofilia 154


Em observação ligeira, embora diversificada, tenho verificado que, nos lugares nobres e mais frequentados de Lisboa, os restaurantes têm vindo a aumentar os seus preços, significativamente. Penso que devido ao aumento brutal do turismo, mas também a alguma estabilização política e económica, registada no último ano, em Portugal. Bem como, por outros motivos certamente, o mercado do livro usado e antigo tem sofrido alterações de preços, no sentido ascendente. Para não falar dos preços dos livros novos...

Todos temos fraquezas. Todos temos alguns livros que, de há muito, gostaríamos de possuir na nossa biblioteca, mas o seu preço, demasiado alto, ou a sua raridade não no-lo tem permitido. Confesso que existem 4 ou 5 títulos que eu ambicionava ter, porém, já não estão, na sua maioria, ao alcance da minha limitada bolsa e disponibidades. Por outro lado, os alfarrabistas têm, também, os seus fetiches. É sabido, por exemplo, que as primeiras edições de Camilo são, normalmente, mais caras no Porto, do que em Lisboa...

Recebi, há alguns dias atrás, o Boletim Bibliográfico 57, da Livraria Luís Burnay, com um rico acervo de manuscritos (Garrett, Botto, D. Carlos, Herculano, Pascoaes, Vieira da Silva...), que integra ainda alguns outros lotes interessantes, de que destacaria:


38  - Catálogo da Biblioteca de Victor d'Avila Perez, em 6 volumes (1939-41)............... 38 euros.
116 - Menino, Pero - Livro de Falcoaria (1931).......................................................... 50 euros.
304 - Álbum do "Cavaleiro Andante" (BD), completo (1954-1963) ..............................  800 euros.

Tenho, na minha biblioteca, exemplares dos dois primeiros lotes, em bom estado, e que comprei, em finais do século passado, respectivamente, por: Esc. 4.500$00 e 2.200$00, num alfarrabista de Lisboa.


Ora, à luz desta realidade, os preços destes dois lotes referidos, no presente Boletim Bibliográfico, parecem-me relativamente desajustado ou, pelo menos, desproporcionados, entre si.
A menos que a procura se tenha grandemente invertido, nos últimos anos. O que me parece muito pouco provável...

domingo, 4 de março de 2012

Leituras Antigas XLII : Cavaleiro Andante





Era uma espécie de Benfica/Sporting, porque quem comprava o "Mundo de Aventuras" (1949-1987), não comprava o "Cavaleiro Andante" (1952-1962): os orçamentos familiares eram limitados... E as revistas de BD eram semanais. O meu preferido foi sempre o "Cavaleiro Andante", que saía ao sábado e, inicialmente, custava Esc. 1$80. Tenho exemplares seguidos desde o nº 28 (12/7/1952) ao nº 241, de 11 de Agosto de 1956, que já custava Esc. 2$00. Dirigida por Adolfo Simões Müller (1909-1989), a revista tinha um grafismo de excelente qualidade, para a época, e bem caracterizado. Fernando Bento, Stuart, José Manuel Soares, Vitor Péon, eram alguns dos mais conhecidos ilustradores. Müller e Artur Varatojo, dois dos autores de textos que eram, normalmente, pedagógicos.
Ainda hoje teria dificuldade em escolher as histórias que mais me empolgaram e de que mais gostava, mas terei de referir, à cabeça: "Beau Geste", adaptado por Fernando Bento, do livro de Percival Christopher, e "O Mistério da Grande Pirâmide", com Blake e Mortimer, de Edgar Pierre Jacobs. Mas, também, "O Tesouro de Valverde", Tim-Tim, "Quo Vadis", ou a adaptação de "Ala dos Namorados", de Campos Júnior, feita por Artur Varatojo, com belíssimas ilustrações de José Manuel Soares. O "Cavaleiro Andante" era um mundo de aventuras, inesquecível na memória.

Nota: este será, provavelmente, o último poste da rubrica "Leituras Antigas", no Arpose. Fechei-o, para mim, com chave de ouro - como se deve fazer com os sonetos...