domingo, 4 de março de 2012

Leituras Antigas XLII : Cavaleiro Andante





Era uma espécie de Benfica/Sporting, porque quem comprava o "Mundo de Aventuras" (1949-1987), não comprava o "Cavaleiro Andante" (1952-1962): os orçamentos familiares eram limitados... E as revistas de BD eram semanais. O meu preferido foi sempre o "Cavaleiro Andante", que saía ao sábado e, inicialmente, custava Esc. 1$80. Tenho exemplares seguidos desde o nº 28 (12/7/1952) ao nº 241, de 11 de Agosto de 1956, que já custava Esc. 2$00. Dirigida por Adolfo Simões Müller (1909-1989), a revista tinha um grafismo de excelente qualidade, para a época, e bem caracterizado. Fernando Bento, Stuart, José Manuel Soares, Vitor Péon, eram alguns dos mais conhecidos ilustradores. Müller e Artur Varatojo, dois dos autores de textos que eram, normalmente, pedagógicos.
Ainda hoje teria dificuldade em escolher as histórias que mais me empolgaram e de que mais gostava, mas terei de referir, à cabeça: "Beau Geste", adaptado por Fernando Bento, do livro de Percival Christopher, e "O Mistério da Grande Pirâmide", com Blake e Mortimer, de Edgar Pierre Jacobs. Mas, também, "O Tesouro de Valverde", Tim-Tim, "Quo Vadis", ou a adaptação de "Ala dos Namorados", de Campos Júnior, feita por Artur Varatojo, com belíssimas ilustrações de José Manuel Soares. O "Cavaleiro Andante" era um mundo de aventuras, inesquecível na memória.

Nota: este será, provavelmente, o último poste da rubrica "Leituras Antigas", no Arpose. Fechei-o, para mim, com chave de ouro - como se deve fazer com os sonetos...

2 comentários:

  1. Também lia o Cavaleiro Andante nas férias, quando ia a casa da minha avó.
    Acho que foi nesta revista que vi (e li), pela primeira vez, Tintin.

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  2. Eu também, quanto ao Tim-Tim. Mas a revista era uma maravilha!...

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