domingo, 25 de março de 2012

Técnicas e números


É sabido que, no séc. XX, as técnicas de persuasão política se desenvolveram grandemente e, hoje, há até várias agências que vivem disso, aconselhando temas, táticas e formas mediáticas de exercício para o sucesso de carreiras. É sintomática a expressão, aqui há uns anos, de um jornalista da televisão que afirmou que se poderia "vender" às massas um político, como se promovia e vendia um sabonete, mediaticamente.
Há dias, num zapping entediante pelos diversos canais televisivos, apanhei umas declarações interessantes de um teórico sobre o tema. Dizia ele que, num discurso político, o ritmo do sermão deveria ser entre 140 e 180 palavras por minuto. Menos de 140 palavras, o ouvinte começava a ficar com sono; e mais de 180 palavras provocavam, no auditor, um cansaço progressivo que conduziria à sua desatenção e dispersão.
Acho bastante provável esta teoria e lembrei-me logo de alguns exemplos. Mas também penso que, previamente, há desde logo uma predisposição de cada ser humano, instintiva, de aceitação ou rejeição de uma figura política, quando ela começa a aparecer e crescer como notícia. E, isso, creio que nenhuma agência consegue alterar, de forma radical. Felizmente.

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